Apenas 49 horas após o empate contra o Altos por 2 a 2 na estreia da fase de grupos da Copa do Nordeste, o Náutico volta à Arena de Pernambuco para fazer a sua primeira partida no Campeonato Pernambucano de 2018, dessa vez contra o América. Situação que deve fazer o técnico Roberto Fernandes mandar a campo uma equipe praticamente toda modificada com relação à que ficou no empate com os piauienses. Não sem antes o treinador fazer uma dura critica ao calendário apertado de jogos.
Argumentando ser ilegal obrigar atletas a atuarem em um intervalo tão curto de tempo (o regulamento geral de competições da CBF fala em um mínimo de 66 horas de diferença), o comandante timbu, que passa situação semelhante ao do Santa Cruz. afirmou que irá ter uma conversa nesta quinta-feira com os atletas para saber quais se colocarão à disposição de entrar em campo apesar da lei exigir o contrário.
"Uma coisa que fique claro. É ilegal um jogador entrar em campo nesse período. O argumento que existe é que o atleta não pode entrar em campo. Quem pode entrar em campo é o clube e o clube que se vire. E, quando se fala isso, quem paga a conta é o treinador. Para que um jogador entre em campo, de uma forma que resguarde o clube de qualquer problema, ele tem que assinar uma declaração se responsabilizando que vai voltar a atuar antes do período legal de descanso. Com isso, na reapresentação, vamos conversar, ver quais os jogadores estão fora de qualquer risco de lesão e quais vão querer assumir esse compromisso. E ainda assim vamos analisar se iremos colocar ele em campo ou não", pontuou Roberto.
Sendo assim, o próprio treinador admitiu a chance de utilizar uma equipe completamente reserva contra o América. Recheada de pratas da casa e com pouco entrosamento. "Pode ser uma equipe 100% nova, sem nenhum treinamento, apenas um trabalho de posicionamento de véspera de jogo que não é um treinamento que deixa um time preparado para o jogo. Mas fazer o quê? O regulamento está aí, a tabela também e ela foi assinada por todos os clubes", resignou-se.