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Nando Chiappetta/DP"
"A realidade do Náutico hoje nesse momento não permite contratação. Qualquer contratação que possa vir nesse momento, sem que surja um fato novo como por exemplo aumentar o número de sócios ou surgir um patrocinador, são jogadores com o perfil que temos aí. E não adianta inchar o elenco", pontuou o treinador, que voltou a lembrar de clubes que conseguiram o acesso à Série B com uma folha compatível, ou até menor que a atual do Náutico.
Fernandes citou o caso do Sampaio Corrêa, que voltou a Segunda Divisão com uma folha, segundo Roberto Fernandes, de R$ 170 mil. A atual do clube alvirrubro gira em torno de R$ 200 mil.
"O grande problema é que não estamos acostumados a ver isso no futebol pernambucano. Mas essa é uma realidade de clubes que estavam na Série C e conquistaram o acesso. O Sampaio Corrêa subiu com uma folha de R$ 170 mil. Será que lá tinha pressão e a ansiedade de ter que ganhar? Não. Eles perderam jogos, mas terminaram a primeira fase na liderança, foram para o mata-mata e subiram. É uma outra realidade. É a realidade de times com menos posse de bola porque posse de bola custa dinheiro. Mas isso não significa uma equipe menos competitiva", analisou.
Treinador pede tranquilidade à torcida
Por fim, o treinador alvirrubro voltou a pedir paciência à torcida e lembrou de anos anteriores em que, por conta de cobranças, o clube se perdeu no planejamento e inchou o elenco e a sua folha salarial.
"O momento do Náutico não é o de anos anteriores onde um lateral joga mal e, por conta disso, se contrata outro e daqui a três jogos contrata outro e o elenco acaba com seis laterais, com uma folha três vezes maior do que se pode pagar. E tome dívida trabalhista e no final das contas o Náutico já está há 14 anos sem títulos e dois rebaixamentos, caiu da Série A para a B e depois para a C. É preciso ter pés no chão e paciência. Essa é a receita", encerrou.