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Náutico recebe proposta de redução da Topper e cogita acionar justiça para evitar prejuízo

Fornecedora de materiais propõe que Timbu receba participação nas vendas a partir de 30 mil camisas; clube não descarta lançar marca própria

postado em 02/12/2017 17:38 / atualizado em 02/12/2017 17:55

Ricardo Fernandes/DP
Enquanto trabalha na montagem do elenco de atletas para 2018, a diretoria do Náutico terá que resolver um problema com o fornecimento de material esportivo da próxima temporada. Mesmo tendo contrato com a Topper em vigência até o fim de 2019, o Timbu recebeu uma proposta de redução nos valores repassados pela empresa e não se agradou. Fato que põe em risco a parceria, que pode, inclusive, terminar de forma judicial, caso os valores sejam descumpridos pela fornecedora.

Segundo o presidente executivo em exercício do Náutico, Ivan Pinto da Rocha, a mudança sugerida pela Topper traria apenas prejuízo ao clube, uma vez que receberia apenas uma participação na receita com vendas. “Disseram que para que o Náutico tivesse direito aos royalties, era preciso vender mais de 30 mil camisas e tenho a informação que nós vendemos cerca de 18 mil. Isso não nos interessa”, revelou, antes de advertir. “Se por acaso eles quiserem forçar essa continuidade, a gente vai procurar os nossos direitos.”

Apesar da proposta, Ivan Rocha espera dar seguimento à parceria iniciada em abril de 2016. “Não temos problema em continuar com a Topper. A gente quer que eles cumpram com o que está acertado.” E se mostra aberto a diálogo, desde que o Timbu não saia no prejuízo. “Se eles quiserem uma nova modelagem, que seja em uma que nos traga alguma vantagem ou que seja na mesma medida. Como somos parceiros, nós temos todo interesse em ajudar, mas desde que a gente não tenha prejuízo”, completou.

Ainda de acordo com o mandatário, o funcionário responsável pela negociação com o clube foi demitido. O que gera incerteza quanto ao andamento da conversa. “Não sei se eles vão colocar outra pessoa que fará uma proposta que nos interessa”, afirma Ivan, que cogita repetir a solução encontrada por um rival como possibilidade. “Se eles não cumprirem o contrato, a gente vai rescindir e repensar a possibilidade seja com outro outro patrocinador ou com modelagem própria, assim como o Santa Cruz faz.”