A diretoria do Náutico se irritou com as declarações do empresário Gílson Medeiros, que representa o zagueiro Feliphe Gabriel, que revelou ao Superesportes que o jogador não fica no clube na próxima temporada. Além desmentir a versão do procurador de que teve seis reuniões com cúpula timbu para tratar do assunto, o vice-presidente de futebol Diógenes Braga e o gerente Ítalo Rodrigues também negaram a versão de que o prata da casa perdeu espaço no time por conta do impasse nas negociações para renovação de contrato. Por fim, Diógenes sacramentou que o empresário não fará mais negócios com o clube.
Segundo Ítalo Rodrigues, a primeira tentativa de renovação com Feliphe Gabriel (que tem seu vínculo se encerrando no final deste mês) ocorreu em maio, quando o jogador ainda não havia atuado pelo time profissional, o que só veio a acontecer em junho, contra o Paraná, pela 7ª rodada da Série B. Em seguida, já com a incorporação de Diógenes à diretoria de futebol, foi feito uma nova tentativa. Sem sucesso. Segundo os dirigentes, o empresário passou a não mais responder aos contatos.
"Com a chegada de Diógenes foi feita uma proposta e ele ficou de pensar. Mas nunca nos procurou para dizer se aceitava ou não, ou mesmo para fazer uma contraproposta", explicou Ítalo. "A verdade é que ele passou a se esconder. Depois ficamos sabendo que ele passou a oferecer o jogador a outros clubes", completou Diógenes.
Com relação à saída do jogador da equipe, que fez a sua última partida curiosamente também contra o Paraná, no returno, na derrota por 3 a 0, em Curitiba, os dirigentes garantiram que a decisão foi meramente técnica. "Houve uma queda de rendimento do jogador. Talvez por toda essa questão extracampo na cabeça dele. Nós da diretoria nunca vamos interferir na parte técnica", afirmou Ítalo Rodrigues. "Infelizmente essa é uma situação definida. O Feliphe não fica no Náutico em 2018", completou.
Assim, também chega ao fim a parceria do Náutico com Gilson Medeiros. "Eu tenho muito respeito pelo Náutico e espero as pessoas com quem o clube irá fazer negócios tenham esse mesmo respeito. Ele foi antiético e com isso fechou as portas com o clube. Queremos trabalhar com empresários que sejam parceiros do clube e que acreditem no projeto de soerguimento do Náutico. O Feliphe é um menino muito educado e desejo toda sorte a ele", finalizou Diógenes.