A vitória no clássico sobre o Santa Cruz deu um fôlego novo ao Náutico na sua luta para ainda evitar o rebaixamento. Porém, foi apenas um passo de uma dura caminhada, sem direito a erros. E na partida desta terça-feira, contra o Paysandu, no retorno do time à Arena de Pernambuco, os alvirrubros terão a chance de emendar, pela segunda vez nesta Série B, uma sequência de dois triunfos consecutivos. Uma questão, a essa altura, de sobrevivência.
Isso porque, para se manter na Série B em 2018, o Timbu precisa vencer os cinco jogos que restam. Com isso, chegaria aos 46 pontos, margem considerada segura pelos matemáticos. Desde que a competição passou a ser disputada em sistema de pontos corridos, em 2006, nunca uma equipe com essa pontuação caiu. De acordo com o setor de estatística da Universidade Federal de Minas Gerais, com 46 pontos, o risco de queda é de irrisório 1,1%.
A primeira vez que o Náutico venceu dois jogos seguidos nesta Série B foi justamente na transição entre a saída do técnico Beto Campos e a chegada de Roberto Fernandes. Comandado interinamente pelo auxiliar Levi Gomes, o Timbu surpreendeu e derrotou o até então vice-líder Vila Nova, no Serra Dourada. Na rodada seguinte, na estreia do Roberto Fernandes, passou pelo Luverdense por 1 a 0, na Arena de Pernambuco.
Por sinal, das oito vitórias do Náutico nesta Série B, seis foram conquistadas sob o comando do seu atual treinador. E em todas, o time tropeçou na sequência. A diferença é que a obtida diante do Santa Cruz foi a primeira fora de casa com Roberto Fernandes à frente. Sendo assim, o treinador tem, pela primeira vez, a chance de emendar um segundo triunfo na condição de mandante.
Por sinal, nesse retorno à Arena de Pernambuco, o treinador defende uma invencibilidade, já que com o Náutico atuando no estádio, o treinador tem 100% de aproveitamento. Além do Luverdense, venceu também Figueirense e Brasil. As derrotas como mandante, frente Internacional e ABC, ocorreram em Caruaru.