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Para Roberto Fernandes, Náutico e Santa Cruz pagam pelo mau planejamento da temporada

Treinador alvirrubro lembrou que os três últimos colocados da Série B são clubes que mais passaram por problemas financeiros ao longo de 2017

postado em 03/11/2017 20:20 / atualizado em 03/11/2017 21:25

Peu Ricardo/DP
Com de 93% e de 97,6% de risco de rebaixamento, Santa Cruz e Náutico se enfrentam neste sábado com um pé na Série C. Situação lamentável que não é por acaso, segundo o técnico alvirrubro, Roberto Fernandes. Para o comandante timbu, o momento desesperador das duas equipes é fruto da incompetência e do mal planejamento dos rivais. Principalmente no que diz respeito ao aspecto financeiro, com os dois clubes passando por toda a temporada com problemas de salários atrasados.

Na opinião do treinador, esse é um momento que pede um freio de arrumação. "É triste, é lamentável, mas sobretudo é um momento de reflexão. Hoje, os três últimos colocados da Série B são exatamente as equipes que mais vivem crise financeira, por conta da própria incompetência e do mal planejamento. Dos vinte times da Série B, nenhum atravessam momntos financeiros tão complicados como ABC, Náutico e Santa Cruz. No ABC, os jogadores fizeram greve. No Náutico e no Santa há a questão dos bloqueios na Justiça", pontuou.

Sendo assim, Roberto Fernandes usou exemplo de outros clubes que, apesar de terem menos tradição, que os três nordestinos citados, fizeram uma Série B bem mais animadora. Como o Oeste, que ainda luta pelo acesso à Série A. "O maior reforço de qualquer clube hoje é pagar em dia e condição de trabalho. Aqui se valoriza muito o nome do jogador, mas só nome badalado não resolve. É preciso ter todo o contexto favorável. Qual o grande nome do Oeste? E eles estão brigando pelo acesso", analisou.

Problemas que, agora, só poderão ser resolvidos com o planejamento do próximo ano. Seja na Série B ou na C. E para Roberto Fernandes, o clássico deste sábado poderá, de fato, selar o destino alvirrubro em caso de derrota. Para o treinador, o Náutico precisa vencer seus cinco próximos jogos para chegar a rodada derradeira, contra o Luverdense, fora de casa, e saber do que vai precisar para ainda evitar a queda.

"Uma derrota, em termo de pontuação, torna a nossa missão praticamente impossível. Gosto muito de trabalhar com números e fiz um levantamento nos últimos anos que mostrou times sendo rebaixados com 45 pontos e se salvando com 43. Fazendo a média, o Náutico vai precisar de, no mínimo, mais cinco vitórias. Assim, chegaríamos a última rodada analisando se um empate serve ou se iremos precisar de mais uma vitória", calculou.