Lá se vão quase três meses desde que o Náutico acertou a venda do atacante Erick para o Braga, de Portugal, por 1,1 milhão de Euros e que rendeu ao cofre alvirrubro R$ 2,8 milhões (o restante ficou com o empresário do atleta). Dinheiro que, no entanto, ainda não chegou. Mas que, segundo o futuro presidente do clube pernambucano Edno Melo está próximo de ser depositado.
Segundo o dirigente, que atualmente ocupa o cargo de vice administrativo e financeiro timbu, as ações de penhoras sobre a negociação do atacante, movidas pelos zagueiro William Alves e o ex-volante Magrão, que defenderam o Náutico em 2013, já foram derrubadas. Com isso, restam apenas alguns trâmites burocráticos para que o Braga faça a transferência da venda.
Na negociação, o Náutico receberá a primeira parcela à vista, no valor de R$ 1,5 milhão, e o restante em mais duas vezes e a depender da produtividade do jogador na Europa. Após Erick realizar suas dez primeiras partidas pelo Braga, o Náutico terá direito a mais R$ 650 mil. Mesmo valor pago em caso o avançado repita mais 10 jogos. Na negociação, o Timbu também conseguiu manter 15% dos direitos econômicos sobre o jogador, vislumbrando uma futura valorização na Europa do atleta.
Até o momento, Erick realizou apenas uma partida em Portugal pelo time B do Braga, contra o Varzim, pela Segunda Divisão do Campeonato Português. Foi titular, mas não marcou gol.
"A ação de penhora de William Alves foi derrubada e a de Magrão conseguimos um acordo. Hoje, não há mais ações bloqueando o dinheiro de Erick. Agora só falta a ordem de pagamento ser feita para o Braga. Mas devido a alguns recessos, acreditamos que só teremos esse dinheiro lá para janeiro. São os trâmites legais da negociação", explicou Edno Melo.
Planejamento com dinheiro de Erick
Ainda de acordo com o futuro mandatário timbu, o dinheiro da venda do prata da casa servirá para pagar alguns atrasados do clube. Porém, a expectativa é que parte da receita também ajude nos primeiros meses do futebol profissional em 2018. Caso confirme o rebaixamento à Série C, o Náutico não terá direito a cotas de televisionamento dos seus jogos.
"Temos inicialmente apenas R$ 1 milhão do Campeonato Pernambucano e, se passarmos do Itabaiana (pela fase classificatória da Copa do Nordeste), mais R$ 500 mil. Ainda precisamos de mais duas certidões para renovarmos o contrato com a Caixa", concluiu Edno.