Nos últimos seis jogos, o Náutico pregou uma reação impensável. Conquistou quatro vitórias e começou, de fato, a sonhar com uma saída da zona de rebaixamento. Para a reta final da competição, contudo, o time precisa de algo mais. E esse quesito passa por contratações. Acertar os novos alvos para compor o elenco, segundo o técnico Roberto Fernandes, é fundamental para fazer com o que Alvirrubro continue superando o que antes parecia improvável.
Diante da alta rotatividade nesta temporada, o Timbu tem espaço para inscrever mais três jogadores. Um deles deve ser um goleiro para trazer mais experiência e disputar posição com o jovem Jefferson. As outras duas peças têm tudo para ser ofensivas. Melhorar o desempenho do ataque que perdeu muito com a saída de Erick para o Braga-POR é a meta. Até o momento, o Náutico marcou 16 gols. Tem apenas um mais do que o lanterna ABC, superado justamente após a vitória em cima do Brasil-RS.
“De todos os setores do Náutico, o que vem sendo mais cobrado é o ataque até pelos números. Não acredito nesse goleador. Ele custa caro. No mês de setembro, esse cara está empregado com certeza absoluta. Com isso, a gente quer jogadores que venham agregar, que possam melhorar e oxigenar o setor. Dar mais opções principalmente, mais características diferentes. Dos três setores, sendo bem objetivo, o que devemos canalizar mais opções é o ataque”, disse o técnico Roberto Fernandes.
Limitação financeira e de peças
O comandante, contudo, reconhece que esse acerto nas novas peças precisa ser cirúrgico em meio a um cenário de escassez. Com todas as competições nacionais caminhando para o fim, o Timbu terá que se desdobrar para encontrar as peças capazes de se tornarem fundamentais na luta contra o rebaixamento à Série C.
“Eu acho que nós temos nessa reta final de tentar encaixar, de ter a sorte, e a sorte vem junto com a competência, para a gente encaixar as contratações porque a gente tem limitação financeira e, além da limitação financeira, nós estamos chegando praticamente no final de temporada, no último terço de todas as competições. Então, é difícil trazer um jogador de Série A. Da Série B, não pode. O mercado fica muito restrito”, declarou Roberto Fernandes.