Entre a derrota por 1 a 0 para o Ceará e o jogo diante do Brasil-RS o Náutico teve um intervalo de 12 dias. Período em que o clube conviveu com uma grave turbulência extracampo, com a renúncia do então presidente Ivan Brondi e de toda a sua diretoria de futebol, e a posse do então presidente do conselho deliberativo Gustavo Ventura, ligado a outro grupo político. Problemas que, segundo o técnico Roberto Fernandes, atrapalharam na preparação para o jogo decisivo contra os gaúchos, nesta quarta-feira, na Arena de Pernambuco.
Para o treinador, por mais que o elenco tentasse ficar longe dos bastidores do clube, uma blindagem completa foi praticamente impossível. "Os três últimos dias da semana passada foram bem complicados, com um nível de concentração muito baixo. É impossível que os atletas ficassem alheios a tudo o que aconteceu. Em uma semana uma diretoria estava passando ao elenco determinadas condições do clube e um dia depois assume outra diretoria, com outro formato, outras ideias e outra programação. É claro que isso atrapalha", destacou Fernandes.
No entanto, segundo o treinador, o elenco está ciente de que, apesar das indefinições fora das quatro linhas não serem positivas, a cobrança sobre os atletas se dará exclusivamente pelo que for demonstrando em campo. Ou seja, a pressão não irá diminuir. Na vice-lanterna, com apenas 17 pontos, o Náutico foca em somar a maior quantidade de pontos possíveis como mandante para dar suporte a uma possível fuga do rebaixamento.
"Os atletas serão cobrados apenas pelo desempenho deles em campo. Ninguém vai lembra dos problemas extracampo. E isso foi conversado com os jogadores. E nos últimos três dias dias o nível de concentração melhorou bastante" garantiu o treinador.