Jogador do Braga desde o último domingo, o atacante Erick, aos poucos, vai se ambientando ao novo clube. Com direito a algumas semelhanças com relação aos oito meses em que passou como profissional do Náutico. No clube luso, o jogador também usará o número 33 e vem sendo blindado de entrevistas por parte dos dirigentes. Algo que também conviveu no Timbu.
Porém, a revelação alvirrubra ainda não entrará em campo neste domingo, quando o Braga enfrenta o Boavista, fora de casa, neste domingo, pela Copa de Portugal. Enfatizando a parte física nos seus primeiros treinamentos, Erick não foi sequer relacionado.
Assim, o avançado, de 19 anos, provavelmente fará sua estreia no próximo dia 10, fora de casa, contra o Vitória de Setúbal, pela Liga Portuguesa. Além do Campeonato Nacional e da Copa de Portugal, o Braga disputará a Liga Europa, onde está no Grupo C ao lado do alemão Hoffenheim, do turco Istanbul Basaksehir e do Ludogorets, da Bulgária.
Isso, no entanto, não vem impedindo Erick de receber elogios da imprensa portuguesa. Algumas exageradas, como a do jornal Record, que chegou a comparar a jovem promessa ao mito Garrinha, bicampeão mundial pela seleção brasileira e um dos maiores jogadores de todos os tempos.
Entre as qualidade apontadas pelos jornais lusos a principal delas é a habilidade do ex-alvirrubro. "Dribles, gols e magia nos pés: chegou para ficar na legião" foi a manchete do próprio site do Braga ao anunciar oficialmente a contratação. Erick foi um dos dez reforços anunciados pelo clube para a temporada 2017/2018.
Fruto da base
Pela negociação, o Timbu receberá pouco mais de R$ 3 milhões, sendo R$ 2,350 milhões pagos à vista e o restante após o atleta completar dez partidas pelo Braga. O clube pernambucano ainda permaneceu com 15% dos direitos econômicos do atleta. Assim, Erick se tornou a segunda maior venda da história do Náutico, atrás apenas do lateral-esquerdo Douglas Santos, que rendeu aos confres alvirrubros R$ 4,5 milhões ao ser vendido ao Granada-ESP, em 2013.
Porém, para receber essa quantia, o departamento jurídico do Náutico ainda trava uma batalha na Justiça. Na última quinta-feira, conseguiu derrubar uma penhora no valor de R$ 216 mil concedida ao zagueiro William Alves (hoje no Atlético-GO) sobre a venda do atleta. Outras penhoras da mesma natureza foram concedidas ao ex-volante Magrão, por uma dívida de R$ 1 milhão, e ao meia chileno Daniel "Chuck" González, no valor de R$ 348 mil.