No dia em que o atacante Erick se apresentou oficialmente como novo jogador do Braga, o departamento juridico do Náutico teve novidades com relação ao pedido de liminar para cancelar a decisão da Justiça de penhorar os direitos econômicos do jogador para pagamento de uma dívida de aproximadamente R$ 1 milhão com o ex-volante Magrão, que atuou apenas 122 minutos pelo Timbu em 2013. E não foram animadoras.
O desembargador responsável por analisar o pedido alvirrubro determinou a intimação do jogador para que ele se manifeste. Só depois disso tomará a decisão sobre o caso. Algo que foi recebido com preocupação pelo vice-presidente jurídico do Náutico, Bernardo Wanderley.
"Ele vai intimar o advogado de Magrão para falar sobre o nosso recurso. Ele não quer dar a sua decisão final sem ouvir a outra parte. Geralmente quando um juiz tem certeza já dá a liminar de imediato. Se ele quer ouvir a defesa da outra parte é porque ainda está inseguro. Isso nos deixa um pouco mais pessimistas, mas vamos aguardar", apontou o advogado timbu.
A defesa de Magrão terá até dez dias para se manifestar sobre o pedido liminar do Náutico. A tendência é que logo após isso, saia a decisão final. Além de Magrão, o zagueiro William Alves (atualmente no Atlético-GO) também entrou com uma ação na Justiça para penhorar parte dos direitos econômicos de Erick para pagamento de uma dívida de R$ 216 mil.
Oficialmente, os valores da negociação de Erick com o Braga não foram divulgados pelo Náutico. Mas segundo apurou a reportagem do Superesportes, as cifras giram em torno de R$ 3 milhões, sendo a primeira parcela de 650 mil euros (R$ 2,4 milhões) paga a vista enquanto a segunda, no valor de 175 mil euros (R$ 647 mil) após o jogador completar dez jogos pelo clube português. Na negociação, o Náutico ainda manteve 15% dos direitos econômicos do prata da casa.