Apontado pela diretoria do Náutico como um respiro para os graves problemas financeiros do clube, a receita da possível venda do atacante Erick para o Braga-POR pode não ir para os cofres alvirrubros. Isso porque a diretoria recebeu, nesta quarta-feira, uma notificação da Justiça que penhora os supostos valores da negociação, especulado em R$ 3 milhões, para o pagamento de uma dívida com o ex-volante Magrão, que atuou apenas 122 minutos em 2012. A dívida gira em torno de R$ 1 milhão.
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A ação foi ajuizada por Magrão na esfera cível e está em fase de cumprimento de sentença. A decisão coloca a verba da negociação entre Náutico e Braga-POR como garantia para o pagamento de Magrão. O Timbu foi notificado nesta tarde e já montou a sua estratégia de defesa.
Procurado pela reportagem do Superesportes, o vice-presidente jurídico alvirrubro, Bernando Wanderley, alegou que o clube irá tentar reverter essa decisão. Para isso, alegará que existe outras penhoras já feitas para o pagamento da dívida com o ex-volante, que encerrou a carreira em 2015. Entre elas, a da própria sede do Náutico, além de receitas oriundos da Timemania e da Caixa Econômica Federal.
"Não se pode penhorar uma receita futura do clube, em cima de um valor especulativo publicado na imprensa. A negociação não está concretizada e por enquanto tudo é especulação. Além disso, vamos alegar que já existem outros patrimônios do clube penhorados para pagar essa causa", explicou.
Nesta quarta-feira, o vice-presidente de futebol do Náutico, Emerson Barbosa, que viajou a Portugal para tratar da transferência de Erick para o Braga, esteve no centro de treinamento do clube. Porém, afirmou apenas que a negociação ainda não foi concretizada, sem revelar os valores tratados para a venda dos diretos do prata da casa.
A trajetória da joia Erick, com passagens por Santos e Cruzeiro, até chegar ao Náutico e se tornar um dos principais jogadores do elenco