Coincidência ou não, foi justamente quando Aislan deixou o time que o Timbu começou a apresentar evolução na defesa. Entre a 4ª e a 14ª rodada, o Náutico foi a equipe de pior defesa na competição. Foi com a dupla Breno Calixto e Phelipe Gabriel, que vinha jogando junta nas últimas cinco partidas que o Timbu viu a média de gols sofridos despencar em um terço: caindo de 1,5 gols sofridos/jogo para 0,5 gols sofridos/jogo.
"Enquanto estive no time passamos por um muito difícil, com nove jogos sem vitória. É complicado participar de um time que não vence. Mas não é falta de vontade, as coisas não aconteceram da melhor maneira e queremos reverter isso. É complicado se sentir envergonhado ao sair de casa, cumprimentar um torcedor... A cobrança mesmo educada é sempre difícil. A gente que gosta de ganhar, quer sempre estar ganhando e como não tem acontecido, é sempre complicado. Muitos jogadores estão sentindo e eu sou um deles que tenho sentido bastante a fase de derrotas", disse.
Estatísticas
Pesa ainda contra Aislan outra estatística negativa. Em todas as oito partidas em que o atleta fez como titular, o Náutico levou gol em todas. No período, foram sete derrotas e um empate, com 17 gols sofridos (média superior a dois gols por jogo). Na última aparição, Aislan, porém, deu sorte: entrou na reta final do jogo contra o ABC e ajudou o time a segurar a vitória por 1 a 0 em Natal.
"Quem me conhece sabe que procuro mostrar diariamente que tenho condições de voltar ao time. Ele (o técnico Beto Campos) optou por me tirar do time respeito a opinião dele. Quando eu vim para o Náutico, não tinha no contrato que eu seria titular. Mas a gente quer sempre estar jogando e comigo não seria diferente. Espero nesse jogo que eu possa ajudar a equipe a sair com a vitória, que é o mais importante", afirmou.
"(Beto Campos) conseguiu dar ajustada boa no setor defensivo, conscientizou que o time precisa se defender e atacar de forma organizada. Não são só quatro, cinco jogadores defensivos, o time todo precisa que taticamente se disponha atacar e a marcar também", ponderou.
"A gente ainda vive um momento muito frustrante. Ninguém gosta de ficar tanto tempo sem vencer. Vencemos o ABC fora e depois não conseguimos engatar uma sequência de vitórias. É complicado. A gente não quer ficar nessa situação, quer dar jeito e reverter esses resultados. Esperamos que nesse jogo o Náutico comece uma boa reação", acrescentou.