O torcedor do Náutico vai ter que puxar pela memória para lembrar a última vitória do clube na temporada. E talvez muitos não vão conseguir. Afinal, faz tempo. Exatos 78 dias desde que o Timbu venceu o clássico contra o Santa Cruz por 2 a 1, no Arruda, no dia 10 de abril, ainda pela última rodada do hexagonal do Campeonato Pernambucano.
De lá para cá, já são 14 jogos de jejum (quatro do Estadual e 10 pela Série B), com dez derrotas e quatro empates. Nesse intervalo, três treinadores passaram pelo clube, começando por Milton Cruz, passando por Waldemar Lemos e chegando até Beto Campos. E nada. O hiato de vitórias já é o maior do clube desde 2009, quando ficou a ficar 13 partidas sem triunfos.
Na ocasião, todos os jogos foram válidos pela Série A do Brasileiro, com oito derrotas e cinco empates. Um rendimento de 20,5%. Bem superior ao do atual jejum que é de pífios 9,5%. Só para lembrar, em 2009, o Náutico acabou rebaixado para a Série B na penúltima posição, a frente apenas do rival Sport.
Já em 2013, quando o clube fez a segunda pior campanha da história dos pontos corridos na Série A, com apenas 20 pontos conquistados, o Timbu também passou por um longo período sem vitórias. No caso, 12 derrotas seguidas, nas 13 rodadas finais. No último jogo venceu o Corinthians, na Arena de Pernambuco.
Por tudo isso, reagir sexta-feira diante do CRB, também na Arena, é urgente. Para muitos, talvez a última chance do time iniciar uma recuperação. Afinal, com apenas 10 rodadas disputadas na Série B, o risco de rebaixamento do Náutico já varia entre 88% e 90% segundo o departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais e o site Chance de Gol, especializado em projeções.