Waldemar revela conversa em particular com Erick: "Aqui não tem ninguém contra ele"

Foram duas substituições consecutivas em dois jogos desde a chegada ao Náutico. Não tardou para que o técnico Waldemar Lemos recebesse as primeiras críticas por mexer na peça que tem sido a de maior destaque no clube no começo nesta temporada. Tratando as alterações do prata da casa Erick, maior promessa da base alvirrubra nos últimas anos, com absoluta naturalidade, o treinador revelou uma conversa em particular com o atleta de 19 anos, que teria se mostrado conivente com a condução elegida por Waldemar.

“Ontem até tentei conversar com ele fora daqui, mas não consegui me aproximar da residência dele para conversar. Também pedi vídeos e lances dele para ver como ele trabalhou e tenho conversando com pessoas próximas. Hoje (nesta quarta-feira) tive a oportunidade de conversar cedo com ele. Mesmo que não tenha ido bem nas últimas partidas, a gente sabe que um jogador de 19 anos pode ter queda. Ele nem cumpriu todo treinamento no sub-20”, disse Waldemar.

O treinador, em seguida, afirmou que o próprio Erick admitiu que não foi bem contra o América-MG (Série B) e o Santa Cruz (Estadual). “Tenho uma preocupação grande quanto a ele e estou o observando e o tranquilizando. Aqui não tem ninguém contra ele, mas ele mesmo reconhece que não foi bem no primeiro e no segundo jogo. Erros acontecem na vida, o jogador vai errar de toda maneira. E ele pode errar de novo, não tem problema. Temos que ter e dar mais oportunidades, só não podemos bater na mesma tecla. Precisamos ter calma com ele e todos jogadores da base que ele vai adquirindo confiança”, detalhou.

No estilo “paizão”, Waldemar afirmou que chegou a perguntar se o atleta estava triste. “Perguntei isso e tive o reconhecimento dele de que não ele não tem feito o melhor”, pontuou.

Função tática
Um dos pedidos do treinador alvirrubro a Erick tem sido em relação à uma nova função tática que o atacante tem sido orientado a fazer. Com Waldemar Lemos, o prata da casa passou a marcar a subida dos laterais adversários - situação que não fazia anteriormente sob o comando de Milton Cruz, por exemplo.

“Hoje em dia os jogadores precisam cumprir determinadas funções e ele está consciente disso. Talvez não tivesse determinadas preocupações e é o que estou tentando colocar. Não existe fórmula definida e vamos definir isso com calma, entre uma situação e outra. Ele está bastante tranquilo”, garantiu Waldemar.