"A premissa do conselho é de que a antecipação deve ser para redução de passivo trabalhista ou fiscal ou que seja para a reforma dos Aflitos. Ontem (segunda-feira), houve uma pequena alteração para permitir que parte do recurso que iria para os Aflitos vai agora para custear esses funcionários. Colocamos um recurso para o pagamento de parte dos salários atrasados do clube, que não envolve atletas. Somente funcionários do clube, é importante destacar. Por unanimidade, entendemos que deveria ser alterado o que foi decidido há 15 dias", frisou o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Gustavo Ventura.
A antecipação de verba havia sido aprovada pelo Conselho ainda na penúltima semana, mas desde que os recursos tivessem destinação específica, voltada para geração de nova renda. Nesta segunda-feira, após solicitação do presidente Ivan Brondi por uma nova discussão no Conselho sobre a destinação dos recursos antecipados, o Pleno do Conselho Deliberativo do clube alterou a decisão realizada há 15 dias.
Isso porque o que defende o Conselho Deliberativo do clube é que as verbas antecipadas somente possam ser utilizadas como futuro gerador de renda, para não causar aos próximos gestores uma dívida sem retorno e tornar o clube inadministrável no futuro. "Isso (pagar salários) é uma obrigação da atual gestão. Reconhecemos a dificuldade disso, só que não posso ficar antecipando recurso dos nossos gestores para pagar da gestão corrente. Mas se chegou a uma situação de atrasos que vimos que seria importante ajudar.", explicou Ventura.
Aflitos
Com o aporte de R$ 1 milhão destinado ao estádio, o projeto de recuperação deve dar uma guinada nos próximos dias. É o que espera o presidente da comissão, conselheiro Edno Melo. “Estamos com todo o terreno preparado para dar um 'start' na obra, mas faltava recursos para dar andamento ao projeto. Em breve, iremos anunciar a empresa de arquitetura e engenharia que fará o trabalho”, explicou.A ação contra a Odebrecht
Ainda em abril do ano passado, o Governo de Pernambuco rompeu acordo com o consórcio da Odebrecht que administrava a Arena, alegando prejuízos aos cofres públicos, e assumiu o controle do estádio. Fato que fez com que a empresa também rompresse seu contrato com o Náutico.O processo que deve começar a tramitar a favor do clube tem por objetivo acionar a Justiça Arbitral contra a Odebrecht por conta da quebra de contrato, que é considerada unilateral pelo clube. Assim, o Náutico busca por uma indenização pelo rompimento de contrato, que previa que o time mandasse partidas na Arena por 33 anos sob recebimento de um valor mensal a depender da série que disputasse no Brasileiro, investimento mensal previamente acordado que deixou de receber.