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Waldemar faz apelo por união no Náutico: "Clube precisa se unir de uma vez por todas"

Técnico demonstrou estar ciente dos problemas políticos que vive o clube

postado em 12/05/2017 08:30 / atualizado em 12/05/2017 08:38

Gabriel Melo/Esp. DP
O técnico Waldemar Lemos está na sua terceira passagem como técnico do Náutico. Esteve antes em 2009 e 2011. Sempre encontrando cenários de dificuldade financeira. Mesmo em dificuldade, em nenhum dos momentos anteriores viu tamanha crise. Conhecedor dos bastidores do clube, o treinador de 62 anos fez um apelo público direcionado às pessoas que gerem o Timbu. “O clube precisa se unir de uma vez por todas”, clamou.

Com menos de uma semana de trabalho à frente do time, Waldemar já identificou uma série de problemas que passam obrigatoriamente pela ordem financeira. O Timbu convive com salários atrasados desde o começo do ano - em alguns casos, desde o ano passado. Situações, na visão do treinador, que têm conotação política.

“Não sei o que vem acontecendo com o clube desde essa época (de 2012, quando ele saiu). O problema agora é que eu estou aqui e vamos enfrentar uma competição longa (como a Série B). O problema tem que ser resolvido em casa, claro, temos que ter um padrão de trabalho, ter uma metodologia de trabalho. Acredito que contratações possam vir, mas tomara que elas sejam feitas sempre dentro das possibilidades financeiras. E que a gente possa fazer um trabalho aqui dentro e que o Náutico de uma vez por todas se una. O Náutico está precisando se unir que é para não passar por isso novamente”, pediu Waldemar.

Sem muitos recursos financeiros, uma das possibilidades que se desenham no Náutico é formar um elenco composto majoritariamente por atletas oriundos das divisões de base. Sobre isso, Waldemar Lemos lamentou a descontinuidade de um trabalho que ele diz que ter iniciado em 2012.

“Desde aquele ano, quando voltamos para a Série A, havia a possibilidade de um trabalho aqui muito grande e que não foi cumprido. Até então vocês viram aqui aparecer o Douglas Santos, o Rogério... Havia jogadores que poderiam ter sido criados e nos ajudariam muito nessa situação difícil econômica que o clube está passando, mas não foi cumprido. Fui tirado daqui por motivos que achei até que deveriam ser melhor planejados”, ponderou.