O clima dos bastidores do Náutico ganhou mais um capítulo nos dois últimos dias. Um que promete esquentar o clima já abalado entre Conselho Deliberativo e Executivo. O orçamento proposto pelo poder Executivo do clube não foi aprovado pelo Deliberativo e a “troca” de notas oficiais foi iniciada.
Na noite da última terça-feira, o Conselho Deliberativo do Náutico enviou e-mail aos veículos de imprensa comunicando que o orçamento para a temporada 2017 não foi aprovado, que não houve resposta ao Conselho Fiscal após três meses e que a direção executiva responderia a processo administrativo por conta disso.
“A rejeição por parte do Conselho Deliberativo em relação à proposta de orçamento enviada se deu pela falta de comprovação das receitas orçadas, o que já se demonstra pelos atrasos no pagamento dos funcionários e dos atletas do futebol profissional, logo no início do ano”, afirmou o presidente do Conselho Deliberativo, Gustavo Ventura através da assessoria.
Nesta quarta-feira, foi a vez do executivo responder e comunicar, através do site oficial do clube, que o presidente Ivan Brondi recebeu a comissão fiscal e esclareceu os pormenores do orçamento de 2017, com a promessa de publicar novo orçamento até o dia 30 de abril.
O caso poderia ser tratado como algo isolado, mas está bem longe disso. Após uma eleição acirrada em dezembro de 2015, o clube ficou dividido entre o Executivo, dirigido pela atual gestão, e Conselho Deliberativo, que tem maioria composta por membros do MTA, grupo que dirigiu o Alvirrubro no biênio 2014/2015. Desde então, vários episódios, que são sempre minimizados por ambos os lados, ocorreram. Antes do imbróglio envolvendo o orçamento, a interdição total dos Aflitos criou uma situação de troca de informações desencontradas dos dois lados. Um fruto já da decisão de retornar ao estádio após vários debates internos.
Com cerca de oito meses para a eleição, o clima só tende a piorar entre os dois lados. Ao menos é o que se comenta nos bastidores dos Aflitos. O desempenho em campo pode ser fundamental para amenizar, em caso de sucesso na Série B, ou inflamar de vez o duelo político, se o Timbu for mal na competição.