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Após estrear bem, Jefferson Nem pensa alto: "Espero chegar a um número alto de gols"

Atacante do Náutico marcou dois dos quatro gols da vitória sobre o Uniclinic

postado em 24/01/2017 22:35 / atualizado em 24/01/2017 23:37

Ricardo Fernandes/DP
Em 2016, Jefferson Nem utilizava a camisa 69. O motivo nunca foi claro. Talvez porque a 11, que ele veste este ano estava com Bergson. Em 2017, ele pôde escolher e ficou com a camisa que desejava. Escolheu o número em homenagem a Kuki, auxiliar técnico que tem uma belíssima história no Timbu e é um dos maiores incentivadores do atleta fruto das divisões de base do clube. A escolha deu sorte, já que na primeira partida do ano ele fez o que o ídolo mais costumava fazer: gols.

“O número eu escolhi por causa do Kuki. Ele foi um ídolo aqui e fez vários gols também. Espero fazer um pouco do que ele fez aqui no Náutico já que ele tem uma história muito bonita aqui”, esclareceu o atacante.

Os dois gols contra o Uniclinic colocaram Jefferson Nem nos holofotes. Algo que ele já vivenciou em 2016, quando foi o artilheiro do Náutico em determinado momento do ano. Uma situação que a timidez do atacante às vezes lhe atrapalha. Questionado quantos gols esperava fazer nesse ano, Nem disse que deseja quase dobrar o número (oito) do ano passado. Afirmou que se vê fazendo 15 gols na Copa do Nordeste. Algo que surpreendeu a todos, mas ele logo se corrigiu. Quer fazer ao menos 15 gols neste ano, uma temporada que ele julga importantíssima para sua carreira.

“Acho que esse ano é muito importante para mim. Espero chegar a um número alto de gols. Foi um jogo importante para a gente que é da base estrear no profissional. Espero ter colocado essa dúvida na cabeça do professor para os próximos jogos”, comentou.

Dúvida?

O discurso de Nem soa quase inocente. Ele não deve ter escutado a coletiva de Dado Cavalcanti na véspera da partida. Quando divulgou a escalação o técnico não o colocou como dúvida. Na sua cabeça a presença do camisa 11 entre os titulares era certeza. Talvez quando ele deixar de se enxergar como prata da casa e começar a se sentir como uma peça importante do Náutico, seu futebol cresça de vez. Não precisa eliminar a timidez nas coletivas. Basta não se abalar com momentos em que vai para o banco de reservas, como ocorreu quando Givanildo Oliveira assumiu o Náutico em 2016.