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Em uma sala com vários computadores, monitores, informações em quadros e uma estante com muitos DVDs, onde estão todos os jogos do Timbu desde 2002, a equipe de análise de desempenho do Náutico vem sendo um dos alicerces de Dado Cavalcanti nesta temporada. É a partir dela que ele tem complementado o trabalho dentro de campo.
“Chegamos aqui pela manhã e digo aos meninos que temos hora para chegar, mas não temos hora para sair. Ele (Dado) passa as situações que ele quer mais e os objetivos do treino. A partir daí editamos e passamos para els. É nesse momento que vão ser feitas as correções. Encontramos o que foi certo e errado para ser avaliado. Ele vem conferir se está certo e leva para as reuniões”, explicou Dudu, que é o chefe da equipe.
Em cima de um andaime do lado oposto aos bancos de reservas, Dudu é o responsável por filmar todas as movimentações da equipe no CT Wilson Campos. O trabalho deles, porém, vai além da equipe. Assim que a direção de futebol pensa em contratar algum jogador, o trio vai em busca de informações do nome solicitado. “Também fazemos as análises dos jogadores que podem vir para o Náutico. Nossa sala está sendo até bem requisitada nesse ano. Recebemos os nomes, buscamos as informações e passamos para eles. Conseguimos dizer tudo sobre o atleta. Qualquer coisa que você imaginar”, contou Capixaba.
Os adversários também são trabalho para a equipe de análise de desempenho. É provável que neste fim de semana os jogadores já se familiarizem com o primeiro do ano, o Uniclinic, do Ceará. “Neste sábado já devemos ter a palestra com o resumo da semana e até devemos falar um pouco do Uniclinic”, comentou Dudu que já está atarefado com as observações dos adversários deste início de temporada. “Temos que estar um passo à frente sempre de todo mundo. Já estamos sabendo como estão nossos adversários, assim como eles também buscam informações nossas”.
Histórias diferentes
Até o ano passado Dudu estava sozinho no departamento. No clube desde 2011, o analista teve uma rápida saída em 2015 e foi para o Salgueiro, mas logo voltou quando Gilmar Dal Pozzo o convidou. Já Felipe Lins teve passagens pela base do Náutico, do Santa Cruz e chegou a trabalhar com a equipe profissional do Tricolor do Arruda em 2016. A história mais curiosa é a de Wu Ken. De origem chinesa, o analista chegou a ir para Hong Kong e trabalhou com a seleção nacional e veio para o Náutico estagiar após fazer um curso da CBF.