Em 2005 Anselmo passou pelo Náutico e acredita que faltou mostrar algo. Assinar com o clube pernambucano tem sido encarado como uma nova chance pelo jogador. Uma chance de mostrar que o atacante que estava no Recife há 11 anos atrás estava longe do seu ideal. Ainda mais porque passava por um drama pessoal que o atrapalhou bastante.
“Pouquíssimas pessoas sabem o que aconteceu naquela época. Eu não sei se posso utilizar a palavra ressurreição, mas acho que posso dar uma resposta melhor. Tive um problema muito sério com meu filho. Ele tem paralisia cerebral e descobrimos isso depois de um tempo. Isso me deu um baque muito grande. Eu não sabia como agir e reagir. Não tinha ninguém para me apoiar. Minha esposa estava longe e pensei até em largar tudo. Isso me atrapalhou muito. Sofri muito”, lembrou o atacante.
Foram 17 jogos pelo Náutico, sendo 14 como titular e três gols marcados. Números bem diferentes da última temporada, quando marcou 23 gols em 50 jogos. Desempenho que Anselmo espera repetir agora com a camisa alvirrubra. O atleta não definiu a quantidade de vezes que deseja balançar as redes adversárias, mas sabe que que eles serão fundamentais para alcançar os objetivos do Timbu.
“Primeiramente prometo trabalho e não gols. Vou procurar marcar o máximo de gols e que o Náutico se aproxime do seu objetivo. Sabemos que o Estadual e a Copa do Nordeste será muito importante para construir esse pilar para a Série B”, comentou.
Sem ligar para a idade
Quando sua contratação foi anunciada, alguns questionaram se a idade do atacante, que tem 36 anos, seria um problema. Os questionamentos chegaram ao conhecimento do atleta e isso virou motivação.
“Vejo essa coisa da idade como motivação. Rogério Ceni encerrou em alto nível. Zé Roberto está jogando em alto nível. Terminei o ano com 23 gols. Dois meses antes dos meus companheiros. Todos tiveram muito mais jogos que meus concorrentes. A idade pesa para quem não se cuida. A idade significa experiência.”