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Jogador da Chape por três anos, Rodolpho lamenta perda de companheiros: "Tragédia"

Atleta do Náutico defendeu a Chapecoense entre 2011 e 2013 e tinha muitos amigos dentre as vítimas do acidente aéreo envolvendo a delegação do clube catarinense

postado em 29/11/2016 12:50 / atualizado em 29/11/2016 13:55

Léo Lemos/Náutico
Josimar, Danilo, Bruno Rangel e tantos outros. Goleiro da Chapecoense entre 2011 e 2013, o atleta do Náutico Rodolpho acumulou amizades enquanto esteve em Chapecó. Perdeu inúmeros amigos com a tragédia envolvendo a delegação do Verdão do Oeste nesta terça-feira. Ainda está em choque com a notícia que recebeu ainda durante a madrugada. Comovido, lamentou o ocorrido com os ex-companheiros e com a cidade que o acolheu por três anos.

"Como joguei por muito tempo, fomos campeões, conseguimos acesso, meu pai  acabou criando uma relação com a cidade. Ele me ligou às 3h30, que acorda cedo para caminhar, falando do avião. Acordei assustado até a ficha cair. Estou acordado até agora. No início achei que fosse um pouso forçado e só depois que percebi a gravidade, com poucos sobreviventes e a história toda. Uma tristeza grande", afirmou.

Ainda na manhã desta quarta-feira, Rodolpho falou com o goleiro reserva Nivaldo, que não viajou com a delegação. "Ele falou que a cidade está em comoção. Todos estão muito tristes. A gente que viveu lá sabe como o povo de Chapecó é acolhedor e todos estão sofrendo. Perder tantos amigos de uma só vez é doloroso. Conhecia a grande maioria da delegação, principalmente presidente, direção, comissão técnica, médicos, imprensa e jogadores", afirmou.

Último contato

Durante a Série A, o elenco da Chapecoense treinou no CT do Náutico antes do duelo contra o Sport. Rodolpho aproveitou o ensejo para rever os amigos. "Lembro que conversei muito com Anderson Paixão (preparador físico). Tinha muitas pessoas próximas que eu sempre falava. Conversamos... E de repente essa tragédia. O que a gente pode fazer é pedir a Deus que conforte familiares e a cidade inteira pro essa perda irreparável, uma tragédia", pontuou.