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Diretor de Patrimônio do Náutico explica passo a passo para reabertura do estádio dos Aflitos

Engenheiro Stênio Cuentro não escondeu cenário difícil para recuperação dos Aflitos, mas se mostrou confiante em superar as etapas necessárias até a rebertura do estádio

postado em 23/05/2016 16:30 / atualizado em 23/05/2016 19:25

Diego Borges/Esp. DP
A reconstrução dos Aflitos não tem prazo para começar ou terminar. Não tem orçamento pronto. Tampouco atropelará etapas. Em contrapartida, há pressa para fazer o estádio reabrir. Melhor do que isso: há um trabalho em curso para viabilizar a recuperação do Eládio de Barros Carvalho a fim de deixá-lo pronto, à espera do fim do imbróglio jurídico envolvendo clube, Governo do Estado e Arena Pernambuco.

Diretor de Patrimônio alvirrubro, Stênio Cuentro, está à frente do Náutico no processo de reabertura dos Aflitos. Engenheiro civil há 35 anos, o profissional revelou um pedido do presidente licenciado Marcos Freitas, feito há três meses, para que os estudos ganhassem um ritmo mais intenso. "Mobilizei a nossa equipe técnica de engenheiros e o arquiteto Bruno Ferraz, dentre muitos voluntários. Começamos a levantar plantas, arquivos, projetos e fazer digitalização dessa memória e estamos trabalhando", disse.

De acordo com o engenheiro, o prazo estimado para que os estudos estejam prontos é de aproximadamente 90 dias. "Talvez nesse prazo tudo esteja concluído do ponto de vista técnico: estudo de projetos e orçamentos. Outra coisa são as licenças, que não dependem da gente, além do orçamento que não temos números concretos. Sabemos que os investimento serão altos. Não queremos chutar, estimar, vamos fazer o orçamento como manda a boa engenharia", explicou Cuentro.

O engenheiro evitou falar em números – como vem fazendo parte da diretoria. De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo, por exemplo, no mínimo R$ 2,5 milhões são necessários para reabrir o estádio. "Estamos trabalhando por etapas. A primeira é a fase de estudos. a segunda é a de como conseguir o dinheiro, a terceira é executar as obras e a quarta é conseguir licenciar as obras", explicou o diretor de patrimônio.


Amostra de valores

Os únicos valores pontuados por Stênio Cuentro em contato à reportagem do Superesportes se deu em relação aos refletores. Todos os 72 precisão ser trocados. "Não servem mais", afirmou. Cada um custa R$ 1.400. Ou seja, comente de iluminação (sem contar a parte elétrica envolvida), o Timbu teria que gastar mais de R$ 100 mil. "Na semana passada um dos refletores chegou a cair", revelou o engenheiro, deixando claro a temeridade que seria a utilização atual do espaço.

O diretor de futebol Emerson Barbosa está cuidando dos custos envolvendo a reforma do gramado – outro que precisa de grande reparo, atualmente com inúmeras falhas, diferentes tipos de gramas e sofrendo com desnivelamento. "As cadeiras estão estragadas, outras furadas. Sem contar que elas têm uma largura de 50 centímetros, inadequado à realidade atual", pontuou Cuentro.

O Náutico ainda precisará correr atrás do alvará de licença de funcionamento por parte da Prefeitura do Recife, alvará do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. "Temos problemas de estrutura e precisamos tratar de questões de acessibilidade e conforto", disse. "Independentemente de qualquer cenário, vamos trabalhar para reformar e deixar o estádio apto em condições de receber jogos conforme manda a lei. É obrigação do clube zelar pelo seu patrimônio", concluiu Stênio Cuentro.