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Chegando ao centésimo jogo, Júlio César fala em títulos e encerrar a carreira no Náutico

Um dos líderes do elenco alvirrubro, goleiro de 31 anos chegará a importante marca na estreia da equipe na Série B, no próximo sábado diante do Criciúma

postado em 13/05/2016 10:40 / atualizado em 13/05/2016 11:39

Daniel Leal /Diario de Pernambuco , Caio Wallerstein /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP
Era 12 de agosto de 2014 quando um Náutico com moral baixa, comandado pelo interino Levi Gomes e em processo de transição de treinador enfrentava o Vasco, na Arena Pernambuco. Mesmo derrotado em 1 a 0 pelo time carioca, o Timbu descobriria naquele jogo uma peça imprescindível. Não só para o time, mas para a torcida e o clube. Escalado no lugar do então titular Alessandro, Júlio César surpreendeu com uma ótima atuação na estreia. Evitou uma vitória mais elástica dos vascaínos. Ganhou a confiança do técnico Dado Cavalcanti, que assistia à partida dos camarotes. A partir dali, não mais deixaria o gol alvirrubro. Dono da faixa de capitão e completando 100 jogos, ele projeta encerrar a carreira no clube.

Apesar de estar na sua terceira temporada no Recife, Júlio César ainda não viveu uma temporada vitoriosa pelo clube. Por duas vezes, o Alvirrubro decepcionou no Estadual e bateu na trave na Série B. Ainda assim, o goleiro se tornou uma referência da equipe. Líder e porta-voz do elenco em diversas situações, o arqueiro de 31 anos revelado no Corinthians já vê uma ligação afetiva com o Alvirrubro.

"É muito importante uma marca dessa. É minha segunda equipe e minha segunda vez que faço 100 jogos (antes, havia ultrapassado o centésimo jogo pelo Corinthians).  Goleiro normalmente fica mais tempo na equipe, mas espero que esses 100 jogos sejam só o começo", afirmou Júlio.

Ao fim das duas últimas temporadas (2014 e 2015) pelo Timbu, foi grande o esforço do clube para manter o goleiro, que tem um dos salários mais altos do elenco. Júlio, por sua vez, também teve que abrir mão de alguns privilégios. Para 2015, sua permanência só aconteceu por conta de um patrocinador que pagou seus vencimentos. Já para a temporada atual, o capitão do time concordou em diminuir o pagamento para seguir.

Adaptado à vida em Pernambuco e respaldado por torcida, diretoria e técnico, ele quer virar ídolo. Espera, também, que os 100 jogos sejam o início de uma história maior. "Que venham 200, 300 jogos e, quem sabe, que eu possa encerrar a carreira aqui porque é um clube que que gosto muito. Infelizmente ainda não tive um título aqui, mas acredito que ele virá, e muitas outras coisas boas", almejou.