Passada a obrigação da Copa do Nordeste, Alexandre Gallo já projeta o Náutico na Série B

Alexandre Gallo chegou ao Náutico diante de um cenário complicado. A pouco mais de duas semanas do início da Série B do Campeonato Brasileiro, porém sem poder trabalhar já pensando no campeonato nacional, pois tinha ainda uma obrigação pendente do Campeonato Pernambucano. Embora eliminado da final do Estadual, o clube alvirrubro não podia ficar de fora, pelo segundo ano consecutivo, da Copa do Nordeste. Perante esta conjuntura, Gallo se viu no dever de conquistar o terceiro lugar do Pernambucano. Cumprida esta missão - com louvor, após duas vitórias sobre o Salgueiro -, o treinador já volta suas atenções ao que realmente o seduziu em seu retorno ao Timbu: a disputa da Série B e o objetivo de recolocar o Náutico na elite do futebol brasileiro.

“Era um consenso de toda a diretoria a necessidade de chegar à Copa do Nordeste. Era colocada como prioridade número um”, revelou o treinador logo após a vitória por 3 a 0 do Náutico sobre o Salgueiro, que assegurou a presença do Timbu no torneio regional. Gallo reconheceu que embora tenha desembarcado no Recife já com um planejamento traçado para a disputa da Série B, recebeu a missão dos dirigentes alvirrubros de ultrapassar um primeiro obstáculo pendente do Estadual. “Mesmo pensando nos reforços da equipe, mas era foco total na Copa do Nordeste. Por isso estudamos muito a equipe do Salgueiro e conseguimos essa classificação, que é de extrema importância de calendário e financeira para o clube”, comentou.

Quando chegou ao Náutico, em sua primeira entrevista coletiva, Gallo fez questão de ressaltar o que o convenceu a comandar o Alvirrubro pela terceira vez: o acesso à Série A do Brasileiro. “Quando o Toninho me ligou o que eu disse para ele foi: ‘trabalhei duas vezes na Série B e tive problemas parecidos - honrar seus compromissos’. Uma delas foi inclusive no Náutico. E não existe trabalho sem você estar 100% cumprindo com suas obrigações”, recordou o treinador, que teve como resposta que este ano isso não seria problema no Náutico. “E a outra situação foi essa: eu vou para aí para subir”, prosseguiu. “Mas, vi que a equipe precisaria de uma qualificação técnica”, acrescentou.

Destacando o bom relacionamento que vem tendo com toda a diretoria do clube, Gallo diz que agora o pensamento é total na Série B. “Vamos fazer o possível e impossível para que as coisas aconteçam aqui. A Série B vai ser muito complicada. Vasco e Bahia têm a questão financeira. Mas nem sempre o time mais rico chega. Tem a questão do encaixe. E a gente vai em busca desse encaixe”, analisou.

Por essa razão, inclusive, o treinador lamentou o tempo que considerou perdido tendo que dividir suas atenções com o Pernambucano neste início de trabalho. “Seria muito importante que a gente já tivesse uma equipe pronta. Mas só vamos ter três dias de trabalho - segunda, terça e quarta - poque já viajamos na quinta. E ter três dias para remontar a equipe é pouco. E sabemos da importância das 10 primeiras rodadas. Estamos muito preocupados com isso”, revelou sua preocupação.