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Presidente do Náutico se reúne com o Governo na próxima semana para discutir a Arena PE

Marcos Freitas espera pela reunião para definir onde o Timbu vai mandar seus jogos

postado em 17/03/2016 18:23 / atualizado em 17/03/2016 18:25

Emanuel Leite Jr. /Especial para o Diario

Ricardo Fernandes/DP
Desde o último dia 4 de março, quando o Governo do Estado rompeu o contrato com o consórcio Arena Pernambuco Negócios e Participações, braço da Odebrecht que administra o estádio, os alvirrubros se questionam acerca do futuro da agremiação da Conselheiro Rosa e Silva. Como único clube que possuía vínculo contratual com o consórcio, o Náutico é interessado direto no que há de ser feito, a partir de agora, com a praça de esportes localizada em São Lourenço da Mata. Isso porque o alvirrubro precisa definir o seu próprio futuro: se vai continuar mandando seus jogos na Arena - todos ou apenas alguns? - ou, quem sabe, se retorna aos Aflitos. Dúvidas que podem começar a ser elucidadas a partir da próxima semana. Que é quando o presidente do clube, Marcos Freitas, vai se reunir com a Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer para discutir o tema.

Em conversa com o Superesportes, o mandatário timbu foi evasivo quanto à definição de onde o Náutico vai mandar os seus jogos em breve. Para Marcos Freitas, não há como decidir enquanto não souber por parte do Governo do Estado como vai ficar a situação do clube com a Arena Pernambuco. “Nós temos já uma reunião prevista na próxima semana. Com isso daí a gente vai desencadear um processo de melhor entendimento das informações e ter um novo norte”, revelou o presidente, que, entretanto, não precisou a data do encontro. “A reunião está pré-agendada com o Governo do Estado, através da Secretaria de Esportes e a Procuradoria”, disse.

Marcos Freitas, contudo, confessa-se estar tranquilo em relação ao tema. Seu entendimento é de que o estádio vai precisar de ser utilizado por algum clube e é o Governo do Estado que vai ter que definir o uso futuro da Arena. “Aquilo é uma praça de esportes e vai continuar sendo. Uma praça de esportes tem que ter alguém jogando. Não consigo visualizar que o Estado vá passar o cadeado e fechar a Arena. Vai precisar de uma ou mais agremiações jogando lá”, opinou.

Há questões que o presidente alvirrubro espera ver elucidadas na reunião. “O contrato será honrado? Em que condições será honrado? O contrato vai sofrer alterações?”, afirma. Para, a partir daí, poder levar o tema para ser discutido nas instâncias cabíveis no clube. “Quando sofrer alteração, você tem que pensar de duas formas. Pode ser para melhor ou para pior. Eu não acredito que vá ser para melhor. Cabe a mim, como condutor da diretoria executiva do clube, analisar ao lado da minha diretoria a viabilidade de uma possível nova proposta. Objetivando o melhor para o Náutico, discutir com o Conselho Deliberativo, assembleia de sócios”, prometeu.

Volta aos Aflitos?
Marcos Freitas é cauteloso ao falar sobre um possível retorno aos Aflitos, a casa alvirrubra até o clube mudar seu mando para São Lourenço da Mata. “Eu não afasto. Não cogito, é diferente. Eu não afastaria a possibilidade. Afinal de contas, o nosso estádio é aconchegante. E de repente, dependendo das negociações, a gente veja a possibilidade de voltar a mandar alguns jogos nos Aflitos”, aponta.

Segundo o presidente, o custo para reformar a antiga casa timbu ronda os R$ 2,5 milhões “para o básico” que, segundo ele, “não atende” aos interesses do clube, que seria deixar “o estádio mais confortável” e moderno. “Precisaríamos gastar entre R$ 4 milhões e R$ 4,5 milhões”, projetou. Mas como o Náutico viabilizaria esse dinheiro? “Iríamos atrás de todas as alternativas, o próprio estado, o sucessor da Arena, a iniciativa privada”, respondeu, mostrando ainda não ter uma definição acerca do tema.

Por fim, o dirigente máximo do Timbu negou qualquer conversa oficial do clube com possíveis investidores, como chegou a ser especulado ao longo da semana. “Da parte do executivo, posso afirmar que não houve. Algumas empresas poderiam acessar qualquer alvirrubro, em uma conversa informal. E nós estaríamos disponíveis para qualquer negociação. Mas até o momento, não houve nada oficial entre o clube e nenhuma empresa”, assegurou.