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Hora de mudar o ataque do Náutico? Baixo rendimento de Daniel Morais levanta questão

Jogadores de frente do Alvirrubro não marcam gol desde o dia 10 de fevereiro

postado em 10/03/2016 09:00 / atualizado em 10/03/2016 09:59

Emanuel Leite Jr. /Especial para o Diario

Karina Morais/Esp.DP
Após balançar as redes adversárias quatro vezes nas três primeiras rodadas do Campeonato Pernambucano, o ataque do Náutico não marca um gol desde o confronto com o Salgueiro, exatamente pela terceira rodada. Já são, portanto, três jogos em branco por parte dos atacantes alvirrubros. Ou, precisamente um mês, já que a partida contra o Carcará, na Arena Pernambuco, foi no dia 10 de fevereiro. De lá para cá, os únicos dois tentos timbus foram marcados por Ronaldo Alves. O zagueiro, inclusive, é o artilheiro do time e ainda divide a artilharia do Estadual com Jhon, do Salgueiro. Daniel Morais, o centroavante da equipe, é o principal alvo dos questionamentos do torcedor. E a pergunta inevitável é: com a regularização de Rafael Coelho e a opção de Thiago Santana, não seria a partida com o América, no Arruda, o momento ideal para uma mudança no setor ofensivo?

Não por coincidência, a última partida em que um atacante alvirrubro marcou gol foi no dia 10 de fevereiro no jogo em que Bergson saiu lesionado. Com dois ossos do pé esquerdo fraturados, o atleta deve passar por exame nesta sexta-feira, para saber a evolução de seu tratamento. Sua ausência fez com que o Náutico perdesse muito da dinâmica ofensiva. Embora não tenha uma veia goleadora, Bergson, além de ter marcado dois gols na competição, vinha sendo um dos responsáveis pelas transições rápidas da equipe. Ele e Rony eram os escapes do time, apostando na velocidade para chegar à área adversária.

A dupla, por sinal, dava, também, mobilidade ao ataque alvirrubro. Bergson e Rony alternavam de posição constantemente, invertendo quem abria pela esquerda ou pela direita. Movimentação que confundia as defesas adversárias, facilitando, portanto, não só a penetração dos atacantes, bem como a chegada do meia armador. Sem Bergson, o Náutico perdeu esta mobilidade e a velocidade na transição ofensiva ficou a cargo apenas de Rony, que passou a ocupar o lado direito com maior frequência.

Entretanto, não é apenas perda de Bergson que serve para justificar a seca de gols dos atacantes alvirrubros. O centroavante Daniel Morais também tem deixado a desejar em sua função. É verdade que ele faz um papel tático importante na visão do treinador Gilmar Dal Pozzo, que é o de pivô. Porém, é preciso que ele faça mais, já que ele é a peça mais avançada do time em campo e o responsável, portanto, pela profundidade ofensiva. Daniel Morais, contudo, tem demonstrado dificuldades em conseguir criar os espaços para finalizar com qualidade. Não por acaso, seu único gol no Estadual foi em jogada de bola parada - seu mérito foi ter se posicionado bem, além, claro, da boa concretização de cabeça.

O baixo rendimento de Daniel Morais faz com que se questione se este não é o momento para que Thiago Santana - já que Rafael Coelho, regularizado ontem, ainda não deve ter condições físicas para atuar 90 minutos - ganhe uma oportunidade no time titular. O jogador, que foi vice-artilheiro do Campeonato Catarinense em 2015, tanto joga aberto como mais centralizado no ataque e entrou no decorrer dos seis jogos do Pernambucano. Dal Pozzo já disse que é o atleta que se escala, principalmente pelo que apresenta nos treinamentos. Enquanto o próprio atacante joga a responsabilidade para o treinador. “Não posso afirmar porque não treinei ainda no time de cima. E quem define isso é o professor Gilmar”, desconversou.

Autores dos gols

Náutico 2x0 Santa Cruz
Ronaldo Alves (zagueiro) e Bergson (atacante)

Central 0x2 Náutico
Bergson (atacante) e Thiago Santana (atacante)

Náutico 1x0 Salgueiro
Daniel Morais (atacante)

América 0x1 Náutico
Ronaldo Alves (zagueiro)

Sport 2x0 Náutico

Náutico 1x1 Sport
Ronaldo Alves (zagueiro)

Gols por posição

4
atacantes

3
zagueiros

Artilheiro

3 gols
Ronaldo Alves, zagueiro