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Ressaltando a versatilidade de alguns atletas, Dal Pozzo explica preferência por elenco enxuto

Treinador criticou o inchaço do plantel no ano passado e as dívidas com os atletas

postado em 12/01/2016 21:30 / atualizado em 12/01/2016 21:47

Emanuel Leite Jr. /Especial para o Diario

Julio Jacobina/DP
Gilmar Dal Pozzo é um treinador convicto no seu trabalho e nas suas ideias sobre o futebol. Uma dessas convicções é com relação ao elenco. Para o técnico, o ideal é ter um plantel enxuto, no qual todos os jogadores se sintam úteis, mantendo a autoestima sempre elevada. Por isso, ressalta a importância de ter atletas versáteis, capazes de exercer mais de uma função em campo. O que permite uma variação tática no decorrer de um jogo sem a necessidade de se gastar uma substituição. E quanto menos jogadores, maior a capacidade de manter os pagamentos em dia, evitando, também, o clima negativo de um elenco insatisfeito. Como no ano passado, criticou Dal Pozzo.

O planejamento do treinador alvirrubro é claro: não trazer muitos jogadores. “Ano passado, quando cheguei, tinha 46 jogadores, 20 deles estavam insatisfeitos no clube. O melhor é contratar jogadores que podem fazer duas ou três funções e deixar esses jogadores sempre motivados e com autoestima”, afirmou. “O maior reforço do Náutico é ter os salários em dia. Não podemos ter um elenco grande e sem condições de pagar, porque deixa a todos insatisfeitos. Salário atrasado é um problema. Como foi ano passado”, disparou.

Por isso, Dal Pozzo ressalta a necessidade de ter elementos versáteis em seu elenco. E o treinador destaca quatro atletas. “Rafael Pereira está jogando de lateral direito, mas também pode fazer a função de zagueiro e já trabalhou comigo no Criciúma como volante. Niel jogou um clássico na lateral direita, às vezes treina de zagueiro e a origem é volante”, começou por analisar. “Eduardinho, também, começou de segundo homem e nos últimos anos estava trabalhando como meia. Thiago Santana no Atlético de Ibirama, no Catarinense do ano passado, jogou pelo lado de campo e centralizado, da mesma forma no Figueirense”, acrescentou.

Versatilidade que permite ao treinador uma maior varição tática, como o 4-2-3-1 e o 4-1-4-1, mudando apenas algumas peças de posição. “No próprio jogo, tu não precisas fazer uma substituição, o próprio jogador faz uma ou mais função. É importantíssimo ter essa variação, que permite ao treinador, ao longo do jogo, fazer um ajuste tático e não precisa nem a mudança de jogadores” salienta.