NÁUTICO
Projetos com a base, orçamento e parcerias: o perfil do novo executivo de futebol do Náutico
Em sua apresentação no Timbu, Alexandre Faria traçou suas metas no clube, falou em trabalho a longo prazo e ainda revelou mágoa com o Bahia, seu ex-clube
postado em 17/12/2015 19:49 / atualizado em 17/12/2015 20:23
A primeira contratação do Náutico visando o ano de 2016 não entra em campo, mas terá fundamental importância na construção do time para a próxima temporada. Apresentado nesta quinta-feira (17), juntamente ao técnico Gilmar Dal Pozzo, o novo executivo de futebol do Timbu, Alexandre Faria, exaltou a grandeza do Náutico diversas vezes. Disse ter escolhido o clube, dentre tantas outras propostas, pelo desafio proposto pela diretoria. Não se limitou, no entanto, à rasgação de seda: ponderado, detalhou seu planejamento para o Alvirrubro e revelou ambiciosos planos para o clube.
Mostrando certo ressentimento com o Bahia, seu último clube, e que passou por uma turbulência política após deixar escapar o acesso à Série A, o executivo, que deverá ser o braço direito do vice-presidente de futebol Toninho Monteiro na construção do elenco, falou, entre outros, de intenções de integrar o futebol de base ao profissional, além de firmar parcerias com clubes de maior expressão no cenário nacional.
Com 16 anos trabalhando na área, disse não ter receio de usar seu respaldo junto ao mercado para conseguir bons negócios ao Timbu. Sem buscar um determinado perfil de jogador, já começa a arregaçar as mangas em busca de reforços para o clube. Não promete, porém, que eles venham logo: devido ao curto orçamento, tentará ser "o mais assertivo possível" para trazer jogadores de qualidade e dentro da realidade financeira do Timbu.
Confira os pontos abordados por Alexandre Faria em sua apresentação no Náutico:
Grandeza do clube e a conversa com a diretoria
É uma honra trabalhar no Náutico, um clube que já enfrentei várias vezes pelo Fluminense, pelo Atlético-MG, Bahia. Esperamos que o trabalho fortaleça o clube. É um desafio gigante na minha carreira, e prometo à torcida que vamos nos esforçar. Trabalho não vai faltar para que consigamos títulos. Viemos aqui para vencer, colocar a faixa, dar volta olímpica. É o objetivo de todo profissional. É isso que estamos buscando. Quero agradecer a confiança da diretoria, de Toninho, Marcos Freitas. É um prazer e uma honra muito grandes.
Não vou ser o porta-voz desse trabalho. No Náutico tem um grupo muito forte de colaboradores. Um grupo de pessoas que vai nos ajudar bastante para que possamos focar no trabalho. Sempre que for necessário.
Tenho uma característica que é gostar de sofrer. Gosto de desafios grandes, sempre fui assim na carreira. Gosto de projeto. Desde o primeiro contato com o Náutico, Toninho me ligou e explicou que teria uma eleição pela frente. Mas, caso vencessem, a ideia era clara. Detalhou tudo que ele e a diretoria pensava. Não acredito em trabalho a curto prazo, acredito em médio a longo prazo. Assim foi no América-MG, onde tenho orgulho de ter participado. Foram três anos lá. Poderia ter renovado, mas não renovei porque fui tentado pelo desafio do Bahia.
Mágoa com o Bahia
A diretoria era nova, numa situação semelhante à do Náutico. Muito desacreditada. Tive dificuldades para montar elenco. Estava com um histórico de salários atrasados, mas conseguimos montar um elenco forte, campeão baiano e vice do Nordeste. Infelizmente, não subimos. Faltando cinco rodadas, estávamos no G4 e com três jogos em casa, contra duas equipes já rebaixadas, mas fomos ao limite. A pressão foi muito grande porque a expectativa da torcida era muito grande. Entendo as decisões, respeito a diretoria. Tinha uma renovação adiantada, mas a pressão pelo não acesso foi grande e a gente não continuou. Eles têm jogadores de qualidade, mas estávamos no G4 faltando cinco jogos para terminar, e com três jogos em casa. Alguns jogadores não deram a resposta que eu esperava, e isso tem que ser levado em conta.
Orçamento e perfil dos reforços
Teremos que vender bem o projeto para os atletas e representantes. Isso funciona, assim que conseguimos levar atletas para os clubes que trabalhei e ganhei credibilidade em relação a isso. O perfil dos atletas é: atleta bom. Pode ter 17 anos e jogar no profissional, como é o caso de Richarlison (atacante titular do América-MG na Série B), como pode ter 41 e jogar em alto nível, como Zé Roberto. Hoje se fala muito em força e velocidade. E, como Gilmar adiantou, vamos começar a arrumar a casa pela retaguarda. Pela dificuldade que temos no mercado, tem que consolidar a defesa, a linha de quatro, e, com as sobras do orçamento, tentar ser agressivo no meio de campo e no ataque. Bem estruturado atrás: assim é a filosofia de Gilmar. Uma equipe estruturada atrás e com transição veloz e atacantes com qualidade de definição.
Parcerias
A gente já tem conversas adiantadas com vários clubes com quem temos boa relação. O que precisa é tomar cuidado para que não sirva de barriga de aluguel. Precisa ter espaço para colocar os valores. A gente já conversou com clubes grandes que tem elencos nos quais alguns jogadores precisa de rodagem, atletas com pouco espaço mas que precisam jogar. Mas deixamos claro o trabalho que queremos fazer. Tem que vir com o espírito de vencer. Não adianta querer vir porque Recife é bom, porque o Nordeste é bom. Tem que vir jogar e buscar título. Quando a gente percebe esse perfil, a negociação fica mais fácil. E a gente está buscando isso.
Mostrando certo ressentimento com o Bahia, seu último clube, e que passou por uma turbulência política após deixar escapar o acesso à Série A, o executivo, que deverá ser o braço direito do vice-presidente de futebol Toninho Monteiro na construção do elenco, falou, entre outros, de intenções de integrar o futebol de base ao profissional, além de firmar parcerias com clubes de maior expressão no cenário nacional.
Com 16 anos trabalhando na área, disse não ter receio de usar seu respaldo junto ao mercado para conseguir bons negócios ao Timbu. Sem buscar um determinado perfil de jogador, já começa a arregaçar as mangas em busca de reforços para o clube. Não promete, porém, que eles venham logo: devido ao curto orçamento, tentará ser "o mais assertivo possível" para trazer jogadores de qualidade e dentro da realidade financeira do Timbu.
Confira os pontos abordados por Alexandre Faria em sua apresentação no Náutico:
Grandeza do clube e a conversa com a diretoria
É uma honra trabalhar no Náutico, um clube que já enfrentei várias vezes pelo Fluminense, pelo Atlético-MG, Bahia. Esperamos que o trabalho fortaleça o clube. É um desafio gigante na minha carreira, e prometo à torcida que vamos nos esforçar. Trabalho não vai faltar para que consigamos títulos. Viemos aqui para vencer, colocar a faixa, dar volta olímpica. É o objetivo de todo profissional. É isso que estamos buscando. Quero agradecer a confiança da diretoria, de Toninho, Marcos Freitas. É um prazer e uma honra muito grandes.
Não vou ser o porta-voz desse trabalho. No Náutico tem um grupo muito forte de colaboradores. Um grupo de pessoas que vai nos ajudar bastante para que possamos focar no trabalho. Sempre que for necessário.
Tenho uma característica que é gostar de sofrer. Gosto de desafios grandes, sempre fui assim na carreira. Gosto de projeto. Desde o primeiro contato com o Náutico, Toninho me ligou e explicou que teria uma eleição pela frente. Mas, caso vencessem, a ideia era clara. Detalhou tudo que ele e a diretoria pensava. Não acredito em trabalho a curto prazo, acredito em médio a longo prazo. Assim foi no América-MG, onde tenho orgulho de ter participado. Foram três anos lá. Poderia ter renovado, mas não renovei porque fui tentado pelo desafio do Bahia.
Mágoa com o Bahia
A diretoria era nova, numa situação semelhante à do Náutico. Muito desacreditada. Tive dificuldades para montar elenco. Estava com um histórico de salários atrasados, mas conseguimos montar um elenco forte, campeão baiano e vice do Nordeste. Infelizmente, não subimos. Faltando cinco rodadas, estávamos no G4 e com três jogos em casa, contra duas equipes já rebaixadas, mas fomos ao limite. A pressão foi muito grande porque a expectativa da torcida era muito grande. Entendo as decisões, respeito a diretoria. Tinha uma renovação adiantada, mas a pressão pelo não acesso foi grande e a gente não continuou. Eles têm jogadores de qualidade, mas estávamos no G4 faltando cinco jogos para terminar, e com três jogos em casa. Alguns jogadores não deram a resposta que eu esperava, e isso tem que ser levado em conta.
Orçamento e perfil dos reforços
Teremos que vender bem o projeto para os atletas e representantes. Isso funciona, assim que conseguimos levar atletas para os clubes que trabalhei e ganhei credibilidade em relação a isso. O perfil dos atletas é: atleta bom. Pode ter 17 anos e jogar no profissional, como é o caso de Richarlison (atacante titular do América-MG na Série B), como pode ter 41 e jogar em alto nível, como Zé Roberto. Hoje se fala muito em força e velocidade. E, como Gilmar adiantou, vamos começar a arrumar a casa pela retaguarda. Pela dificuldade que temos no mercado, tem que consolidar a defesa, a linha de quatro, e, com as sobras do orçamento, tentar ser agressivo no meio de campo e no ataque. Bem estruturado atrás: assim é a filosofia de Gilmar. Uma equipe estruturada atrás e com transição veloz e atacantes com qualidade de definição.
Parcerias
A gente já tem conversas adiantadas com vários clubes com quem temos boa relação. O que precisa é tomar cuidado para que não sirva de barriga de aluguel. Precisa ter espaço para colocar os valores. A gente já conversou com clubes grandes que tem elencos nos quais alguns jogadores precisa de rodagem, atletas com pouco espaço mas que precisam jogar. Mas deixamos claro o trabalho que queremos fazer. Tem que vir com o espírito de vencer. Não adianta querer vir porque Recife é bom, porque o Nordeste é bom. Tem que vir jogar e buscar título. Quando a gente percebe esse perfil, a negociação fica mais fácil. E a gente está buscando isso.