NÁUTICO
Carmona garante estar pronto para retornar aos gramados e para chamar a responsabilidade
Meia completou um ano de recuperação e pode voltar contra o Brasília
postado em 23/03/2015 19:52 / atualizado em 23/03/2015 20:31
No dia seguinte à derrota sobre o Sport, a alegria contida do meia Pedro Carmona contrastava com o clima pesado que se abateu sobre o Náutico. Exatamente um ano após a grave lesão que rompeu dois ligamentos de seu joelho direito, o meia voltou a ser convocado para uma coletiva. Um indicativo de que o retorno aos gramados está próximo. Depois de figurar entre os reservas no clássico, ele garante estar pronto para voltar a atuar e também para voltar a lidar com a responsabilidade provocada pela expectativa da torcida em torno de seu rendimento.
Procurado pela imprensa durante sua penosa recuperação, Carmona avisou que só voltaria a conceder entrevistas após o retorno. Quis o destino que isso acontecesse justamente um ano após o encontro com o Santa Cruz no qual o meia sofreu a pior lesão de sua carreira. Por isso, a animação é compreensível mesmo diante do contraste com o restante do ambiente do clube. “Fiquei muito emocionado antes do jogo com o Sport. Cheguei a chorar no vestiário quando botei o uniforme. Mas acho que é normal, depois de um período tão longo afastado dos gramados”, justificou. “Se era o momento de eu entrar ou não, nunca vou saber, mas o fato de estar à disposição já me deixou feliz”, acrescentou.
No que depender de Carmona, sua reestreia com a camisa alvirrubra já poderia ser no próximo compromisso do Náutico, contra o Brasília, pela Copa do Brasil. “Sinceramente, eu até já esqueci do meu joelho. São os outros que me lembram. Até semana passada, meu medo era com a minha coxa”, revelou, citando a lesão muscular que adiou sua volta aos gramados. “Estou chutando com as duas pernas tranquilo e tenho participado normalmente dos treinos com o restante do grupo. O que falta é ritmo de jogo, mas isso só se adquire jogando”, defendeu.
Além disso, Carmona garante estar pronto para lidar com a expectativa da torcida em torno de si. Fez, no entanto, uma ressalva. “Ninguém joga sozinho. Eu dependo de outros 10 no campo para ter um bom rendimento e para o time vencer. Mas fico feliz com o reconhecimento da torcida. Minha responsabilidade aumenta com isso, eu sei. Mas quem não quer pressão não pode jogar futebol. Faz parte da profissão. Sempre tive a cabeça boa e isso só me motiva mais.”