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Moacir Júnior lamenta falhas individuais: "Extrapolamos nos erros e fomos punidos"

Técnico fez questão, no entanto, de defender seus atletas, sobretudo os jovens

postado em 05/02/2015 22:53 / atualizado em 06/02/2015 00:00

Pedro Galindo /Especial para o Diario , Celso Ishigami /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/D.A.Press
Dois erros individuais fizeram o Náutico deixar o campo na sua estreia na Copa do Nordeste com apenas um ponto. No primeiro deles, o goleiro Júlio César soltou uma bola fácil, nos pés do atacante Berger. No segundo, foi a vez do zagueiro Flávio dar uma casquinha na bola após chutão da zaga do Salgueiro. A intervenção do defensor terminou deixando Anderson Lessa com tranquilidade para tirar do arqueiro alvirrubro e correr para o abraço. Falhas que custaram muito caro e, segundo Moacir Júnior, não podem mais se repetir.

O treinador alvirrubro usou a entrevista coletiva após o jogo para se lamentar pelos erros cometidos por seus atletas. Apesar disso, manteve o otimismo de quem acredita num projeto que não é imediato. O comandante fez questão de criticar o grupo pela fraca atuação na primeira etapa, sem deixar de defender os mais jovens. Segundo Moacir, os garotos precisam de mais paciência da torcida, já que estão um pouco nervosos justamente por estarem encarando essa chance no time profissional como a oportunidade de uma vida. Confira os principais aspectos abordados pelo técnico:

Esquema tático com três volantes
Na teoria e no posicionamento, no treino, funcionou bem. No jogo, não. O time não se encontrou. Mas não foi só isso. A maioria, talvez uns 70%, não rendeu o seu melhor. Quando um ou dois não jogam bem, o resto do time compensa. Mas quando o número é maior, a coisa não funciona. Não funcionou na primeira etapa. E ainda tivemos um agravante. Perdemos dois jogadores no primeiro tempo por questões clínicas. São atenuantes para que a equipe tenha jogado muito aquém do que pode.

 

Reformulamos para a segunda etapa e depois o time melhorou a postura, com mais posse de bola. Quando viramos o jogo, tivemos a chance de ampliar. Se a gente converte, tinha matado o jogo. Mas sofremos dois gols em duas infelicidades. Errar é humano, mas quando você excede ,você é penalizado. A gente fez dois gols construídos, e eles fizeram gols em duas infelicidades. Então, isso foi a punição.

"Melhor empatar jogando bem do que ganhar tomando sufoco"
Na verdade, tudo é questão de uma conotação. Claro que não foi isso que eu quis dizer (após jogo do último domingo). Eu só quis dizer que o time empatou, mas jogou bem. Ninguém vai dizer que perder jogando bem é melhor que ganhar jogando mal. Talvez eu tenha dito isso no intuito de proteger o grupo. Hoje, extrapolamos do direito de errar.

Resultado
Levando em conta que jogamos em casa e a obrigação que temos de brigar pelo título das competições que entramos, acredito que não foi um bom resultado. Mas se a gente considerar o que rendemos no primeiro tempo e o que rendemos no segundo, foi uma importante evolução. Tivemos mais iniciativa.

Jefferson Renan
Você tem dois vídeos, o do jogo de hoje e o do jogo passado, e você pode definir porque ele hoje não começou o jogo. A gente trabalha com a razão. É só ver o que ele produziu no jogo passado e o que ele produziu hoje quando entrou. A opção foi feita em cima do que a gente observou. Nenhum jogador está nesse elenco por acaso. Não é qualquer um que joga no Náutico, e a direção quer dar a eles essas provas de fogo. a filosofia está implantada e está dentro daquilo que o pessoal programou.

Discussão entre Gastón Filgueira e Bruno Alves

Vou conversar com eles. O Gastón tem a questão sanguínea. Gosto dessa coisa uruguaia dele, desde que não passe do ponto. Hoje, foi imprescindível. Não gosto de destacar atletas individualmente, mas hoje seria ele. Não só pelo gol, mas pela postura e pela iniciativa. Ele fez um jogo beirando à perfeição, diante da dificuldade do jogo. Foi um líder.

Ricardo Fernandes/DP/D.A.Press