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Em "estado de greve", funcionários do Náutico relatam dificuldades que vêm enfrentando

Funcionários não recebem salários desde setembro e criticam silêncio da diretoria

postado em 02/01/2015 18:34 / atualizado em 02/01/2015 19:35

Pedro Galindo /Especial para o Diario

Pedro Galindo/Esp para o DP/D.A Press
Aos olhos dos funcionários do Náutico, a crise financeira alvirrubra ainda não parece ter data para terminar. Com os salários atrasados desde setembro (contando o décimo terceiro), eles não têm esperança de quando voltarão a receber. E nos últimos três meses, eles têm enfrentado um desafio diário para sobreviver enquanto o clube não quita suas pendências.

A reportagem conversou, nesta sexta-feira, com alguns funcionários do Timbu. E além de confirmar as declarações dadas por Carlos Kila, gerente de futebol, deram detalhes sobre as dificuldades que vêm passando nesse período sem receber, e os relatos de todos foram bastante parecidos. Muitos deles têm pedido dinheiro emprestado ou vivido de “bicos”, enquanto diminuem ao máximo o volume de receitas fixas, cortando, por exemplo, cartões de crédito.

Um deles ressaltou a falta de diálogo com a diretoria, que não se preocupou em dar satisfações sobre os atrasos. Ele relatou que esse silêncio tem sido determinante para criar, nos funcionários, o sentimento de que a situação não será resolvida. Perguntado se sentia confiança no acerto, ele respondeu com outro questionamento: “se o comandante do barco não vem falar nada, você confia?”, ironizou.