NÁUTICO
Presidente do Náutico faz balanço de gestão: "Hora nenhuma faltou transparência"
Glauber Vasconcelos passa a limpo a situação do clube alvirrubro após fim do calendário
postado em 02/12/2014 08:38 / atualizado em 02/12/2014 09:38
Primeiro candidato de oposição a vencer uma eleição no Náutico, o presidente Glauber Vasconcelos termina seu primeiro ano de mandato com poucos motivos para comemorar, indo de um apoio de 73,2% dos sócios (1.572 votos) a uma forte rejeição por parte da torcida. Fruto de mais um ano de dificuldades do alvirrubro dentro e fora de campo e de promessas não cumpridas. Nessa segunda-feira à noite, Glauber participou do Podcast 45 Minutos e respondeu a perguntas relativas, entre outros assuntos, aos erros da sua administração, atrasos salariais, relação com sócios e a Arena Pernambuco, além da previsão de recursos para a próxima temporada. O passado e o futuro do Náutico passados a limpo por quem tem a responsabilidade de conduzir o Timbu a dias melhores.
Como o senhor encara as críticas à sua gestão?
Quando se fala que existem salários atrasados é muito relevante. Quando se fala que o acesso seria muito importante, é relevante. Mas quando se fala muito no fato de o cartão de Carlos Kila (gerente de futebol) não ter passado, é irrelevante (sobre episódio do pagamento de um jantar aos jogadores pelo técnico Dado Cavalcanti). Não se gasta espaço de mídia para falar de R$ 5 mil. A gente perde espaço que poderia ser usado para uma discussão mais nobre.
Por que sua gestão não conseguiu criar uma nova fonte de receitas?
Não é bem assim. Mudamos, por exemplo, o contrato com a Arena. Antes, a gente tinha uma prestação de contas para receber tudo em dezembro. Negociamos para ter um pagamento mensal. Enfrentamos problemas também com a cota de patrocínio master. Durante a campanha, saiu uma matéria no jornal em que o presidente anterior afirmava que o clube estava em dia, com todas as certidões adiantadas e também com os jogadores. Não foi nada disso que encontramos. Fomos à Caixa Econômica com Humberto Costa, Cadoca e outras lideranças e descobrimos que o clube não atendia as exigências para o patrocínio porque faltavam as certidões negativas. Além disso, foi um ano atípico. Fizemos contato com 46 empresas. Não foram duas. Alguns contatos avançaram e outras não avançaram. Mas, se vocês olharem direitinho, grande clubes do Brasil, como São Paulo e Palmeiras, também estão sem patrocinadores.
Em entrevista recente, o senhor citou “o cavalinho do programa Fantástico (com o Náutico na lanterna do Brasileiro 2013)” como um dos motivos para a dificuldade de conseguir receita para o clube. Gostaria que o senhor explicasse melhor isso.
Aquele cavalinho deixou uma imagem que não foi legal. Várias empresas que fomos procurar se referiram ao Náutico como o time do “cavalinho que morreu no ar”. Também tivemos o movimento de paralisação dos jogadores dentro do clube que foi em um momento errado.
Mas a imagem do Náutico não continua arranhada para 2015?
Mas não somos motivo de chacota nacional. Tive uma reunião com o presidnete do Atlético-GO e ele me disse: “você é novo nessa parada e vou te dizer. Lute para não cair. Para um time que cai da Série A para B há uma avalanche de problemas."
Por que não houve uma explicação clara sobre a viagem a Miami?
Eu estava com essa viagem programada há quatro meses. Preciso me programar e estou afastado do trabalho. Precisava viajar com minha família. Infelizmente, veio a greve e todo o resto justo nesta semana.
Viajar na semana no fim do campeonato não foi um erro, já que poderia ser um jogo de acesso e ou de briga para não cair?
Não considero, pois temos um time dentro do campo. Temos dois vices engajados. Se eu tivesse ido para um lugar que eu não tinha comunição, ok. Mas estava no país com a melhor comunicação do mundo (Estados Unidos) e tínhamos contato todo dia. Não tenho caudilho. Eu não sou Rei Sol.
Como atrair o sócio do Náutico de volta?
Temos 47 empresas que o torcedor do Náutico tem desconto. Vamos fazer uma divulgação maciça de novo. Chegamos até prometer um apartamento e uma Harley Davison. Vamos mudar a forma de fazer isso e iremos fazer uma campanha em cima do sócio. O sócio pagará R$90 para entrar em todos os jogos do Náutico na Arena Pernambuco em 2015 e R$160 para ficar com acesso ao setor Prime.
O contrato com a Arena pode ser revisto?
A Arena foi um casamento. O que cabe a nós é ir melhorando esse casamento. O que temos é fazer crescer e melhorar. Não estou nem criticando e acho que hoje a Arena é um parceiro e que representa uma receita importante. E essa receita é praticamente debitada na Justiça do Trabalho, pois 50% já fica retido. Não há brecha hoje para levar jogos aos Aflitos. E isso não depende apenas do Náutico.
O que fica para 2015 desse elenco?
As negociações estão abertas com vários jogadores e o contato é grande. Vinícius, Paulinho, Marinho são belos jogadores. Marinho falou que estou me despedindo porque ninguém me procurou. Realmente não procuramos o jogador. Procuramos os empresário.
Como o senhor encara as críticas à sua gestão?
Quando se fala que existem salários atrasados é muito relevante. Quando se fala que o acesso seria muito importante, é relevante. Mas quando se fala muito no fato de o cartão de Carlos Kila (gerente de futebol) não ter passado, é irrelevante (sobre episódio do pagamento de um jantar aos jogadores pelo técnico Dado Cavalcanti). Não se gasta espaço de mídia para falar de R$ 5 mil. A gente perde espaço que poderia ser usado para uma discussão mais nobre.
Por que sua gestão não conseguiu criar uma nova fonte de receitas?
Não é bem assim. Mudamos, por exemplo, o contrato com a Arena. Antes, a gente tinha uma prestação de contas para receber tudo em dezembro. Negociamos para ter um pagamento mensal. Enfrentamos problemas também com a cota de patrocínio master. Durante a campanha, saiu uma matéria no jornal em que o presidente anterior afirmava que o clube estava em dia, com todas as certidões adiantadas e também com os jogadores. Não foi nada disso que encontramos. Fomos à Caixa Econômica com Humberto Costa, Cadoca e outras lideranças e descobrimos que o clube não atendia as exigências para o patrocínio porque faltavam as certidões negativas. Além disso, foi um ano atípico. Fizemos contato com 46 empresas. Não foram duas. Alguns contatos avançaram e outras não avançaram. Mas, se vocês olharem direitinho, grande clubes do Brasil, como São Paulo e Palmeiras, também estão sem patrocinadores.
Em entrevista recente, o senhor citou “o cavalinho do programa Fantástico (com o Náutico na lanterna do Brasileiro 2013)” como um dos motivos para a dificuldade de conseguir receita para o clube. Gostaria que o senhor explicasse melhor isso.
Aquele cavalinho deixou uma imagem que não foi legal. Várias empresas que fomos procurar se referiram ao Náutico como o time do “cavalinho que morreu no ar”. Também tivemos o movimento de paralisação dos jogadores dentro do clube que foi em um momento errado.
Mas a imagem do Náutico não continua arranhada para 2015?
Mas não somos motivo de chacota nacional. Tive uma reunião com o presidnete do Atlético-GO e ele me disse: “você é novo nessa parada e vou te dizer. Lute para não cair. Para um time que cai da Série A para B há uma avalanche de problemas."
Por que não houve uma explicação clara sobre a viagem a Miami?
Eu estava com essa viagem programada há quatro meses. Preciso me programar e estou afastado do trabalho. Precisava viajar com minha família. Infelizmente, veio a greve e todo o resto justo nesta semana.
Viajar na semana no fim do campeonato não foi um erro, já que poderia ser um jogo de acesso e ou de briga para não cair?
Não considero, pois temos um time dentro do campo. Temos dois vices engajados. Se eu tivesse ido para um lugar que eu não tinha comunição, ok. Mas estava no país com a melhor comunicação do mundo (Estados Unidos) e tínhamos contato todo dia. Não tenho caudilho. Eu não sou Rei Sol.
Como atrair o sócio do Náutico de volta?
Temos 47 empresas que o torcedor do Náutico tem desconto. Vamos fazer uma divulgação maciça de novo. Chegamos até prometer um apartamento e uma Harley Davison. Vamos mudar a forma de fazer isso e iremos fazer uma campanha em cima do sócio. O sócio pagará R$90 para entrar em todos os jogos do Náutico na Arena Pernambuco em 2015 e R$160 para ficar com acesso ao setor Prime.
O contrato com a Arena pode ser revisto?
A Arena foi um casamento. O que cabe a nós é ir melhorando esse casamento. O que temos é fazer crescer e melhorar. Não estou nem criticando e acho que hoje a Arena é um parceiro e que representa uma receita importante. E essa receita é praticamente debitada na Justiça do Trabalho, pois 50% já fica retido. Não há brecha hoje para levar jogos aos Aflitos. E isso não depende apenas do Náutico.
O que fica para 2015 desse elenco?
As negociações estão abertas com vários jogadores e o contato é grande. Vinícius, Paulinho, Marinho são belos jogadores. Marinho falou que estou me despedindo porque ninguém me procurou. Realmente não procuramos o jogador. Procuramos os empresário.
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