Após lesões sérias no primeiro semestre, Náutico diminui quantidade de jogadores no DM

Falta de sorte. Diante do quadro de lesões envolvendo jogadores do Náutico na atual temporada, esta justificativa parece ser a mais plausível. Desde o início do ano, os alvirrubros têm lidado com a perda de jogadores importantes. Foi assim com o zagueiro Luiz Alberto (atleta já treina com bola, mas ainda trabalha do elenco) e os meias Pedro Carmona (negociando novo contrato com o clube), Marinho e Zé Mário (transferido para o Sport). Mais recentemente, o Timbu perdeu Crislan – atacante que colaborou diretamente para as últimas duas vitórias da equipe na Série B. Desta vez, pelo menos, as notícias do departamento médico são menos desanimadoras.

Como os demais, Crislan também vinha sendo um dos destaques do time quando se machucou. O atacante sofreu uma luxação ao cair sobre o ombro direito no lance do gol que marcou sobre o Oeste. A boa notícia é que, em princípio, o quadro não é dos mais preocupantes. Apesar de os médicos do clube ainda não terem definido um diagnóstico preciso, a tendência é que seu retorno não demore. “Como ele continua se queixando de muitas dores, vamos recorrer a uma ressonância para sabermos a extensão da lesão”, explicou o médico Múcio Vaz.

Para o médico, não há nenhum argumento sólido para justificar lesões como estas. “Em 2010, fizemos aquela campanha de acesso praticamente sem perder nenhum atleta por lesão grave. Os profissionais são basicamente os mesmos, mas este ano o histórico é bem diferente”, lamentou. “Hoje, a preparação do atleta é diferente de antigamente. O cara tem que correr, marcar, fazer gol. A preparação é sempre no limite e expõe o atleta a este tipo de lesão. O número de lesões tem crescido com a competitividade do futebol”, justificou.

Luiz Alberto
Desde o início da temporada, o Náutico vem penando com o seu sistema defensivo. A exceção foi o período em que o veterano Luiz Alberto esteve à frente do setor. Em fase final de recuperação da ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho direito, o atleta voltou a trabalhar com bola. Por enquanto, entretanto, sozinho com o preparador físico designado para acompanhá-lo nesta fase. Como é um atleta mais velho (36 anos), os médicos têm sido cautelosos com o seu retorno. A expectativa é de que em um mês ele esteja treinando normalmente com o restante do grupo.