Náutico

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Números evidenciam crise no Náutico que chega ao 10º técnico em menos de dois anos

Só neste ano, clube assinou contrato com 45 jogadores e teve mudança na diretoria

postado em 11/08/2014 08:30 / atualizado em 11/08/2014 12:55

Brenno Costa /Diario de Pernambuco

Julio Jacobina/DP/D.A Press
O desejo de mudança consumia a torcida do Náutico. Até que, no dia 15 de dezembro do ano passado, veio um marco na história do clube. Com uma votação esmagadora de mais de 73% dos votos, Glauber Vasconcelos foi o primeiro candidato de oposição a se tornar presidente do clube. O desejo era claro. Romper com a falta de planejamento que resultou na queda da equipe à Série B do Brasileiro. Injetar sangue novo e uma gestão moderna. Mas, passados sete meses de gestão, a crise que toma conta do Náutico se mostra perene. A demissão do treinador Sidney Moraes, confirmada na noite de ontem, evidencia o caos vermelho e branco.

Depois de viver um bom ano de 2012, com classificação garantida para a Copa Sul-Americana, o Náutico desmoronou com a ida de Alexandre Gallo para o comando das categorias de base da Seleção Brasileira. Desde então, foram nove treinadores. Só neste ano, a diretoria já vai em busca do terceiro. As constantes modificações no comando técnico refletem também no elenco. A cada mudança, contratações e dispensas são feitas. As dívidas trabalhistas aumentam. A dificuldade para pagar os salários também. A bola de neve de problemas se agiganta.

Com a chegada do meia argentino Cañete no fim da semana passada, a conta de atletas que chegaram a assinar contrato com o Timbu nesta temporada aumentou para 45. Dá para formar quatro times de futebol e ainda sobrar um atleta. O quinto pode se completar em breve com a chegada do novo treinador e a possibilidade evidente de novas dispensas e contratações. “A nossa dificuldade é aquela que todo mundo sabe e está sendo divulgada na imprensa o tempo todo, que a dificuldade financeira do clube é grande”, disse o diretor de futebol Paulo Henrique Guerra.

Esse pontos refletem também que a gestão fora de campo ainda tenta se encontrar e respinga nos que se aventuraram a montar o elenco. Em junho, Paulo Alves, Lau Júnior e Fred Galvão acabaram desligados do Timbu. Paulo Henrique Guerra e Francisco Avelar foram convocados pelo presidente, que ainda trocou o gerente de futebol Lúcio Surubim por Carlos Kila. O diretor Zeca Cavalcanti também tomou a frente no departamento de futebol.
Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

45
contratos assinados com jogadores em 2014

Goleiros: Alessandro e Júlio César.

Laterais: Hélder Maurílio, Gerley, Jackson, Alisson (assinou pré-contrato, mas foi liberado em seguida por estar machucado), Rafael Cruz, Raí, Neílson, Roberto e Panda (assinou um acordo que foi desfeito após novo entendimento).

Zagueiros: Léo Kanu, Leonardo Luiz, Romário Leiria, Edvânio, Mario Risso, Luiz Alberto e Ricardo Chaves.

Volantes: Zé Augusto, Helder, Dê, Yuri, Rodrigo Possebon, Túlio, Luizinho Mello, Paulinho e Marcone.

Meias: Zé Mário, Vitor Michels, Pedro Carmona,  Vinícius, Roberson, Diego Galo, Wangler e Cañete.

Atacantes: Leleu , Marinho, Hugo, Marcelinho, Rodrigo Careca, Paulo Júnior, Geovane, Tadeu, Crislan e Sassá.

9
treinadores desde a saída de Alexandre Gallo em 2013
(Alexandre Gallo, Vagner Mancini, Silas, Zé Teodoro, Jorginho, Levi Gomes e Marcelo Martelotte, Lisca e Sidney Moraes)

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