Náutico

NÁUTICO

Visivelmente irritado, Flávio concede coletiva de 40 segundos com resposta monossilábicas

Zagueiro mudou de postura após pergunta sobre sonho da Seleção Brasileira

postado em 23/07/2014 16:09 / atualizado em 23/07/2014 16:15

Celso Ishigami /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/D.A.Press
A nova crise alvirrubra ganhou um novo capítulo no início da tarde desta quarta-feira, antes mesmo do início do segundo trabalho do dia. Visivelmente irritado com a obrigatoriedade de participar da coletiva, o zagueiro Flávio deu respostas monossilábicas a todos os repórteres que participavam da entrevista, sem qualquer preocupação em externar seu descontentamento. Curiosamente, a postura foi observada em meio às informações de que o clube não teria cumprido a promessa de pagar parte dos salários atrasados.

Numa decisão acertada entre a assessoria de comunicação e os repórteres que cobrem a rotina do Náutico, as entrevistas são realizadas, normalmente, antes do início dos treinamentos. Um dos escolhidos pelo clube para as coletivas do dia, Flávio teria se recusado num primeiro momento, sendo necessária a interferência de dirigentes para convencê-lo do contrário.

Os instantes iniciais da entrevista não davam qualquer indicativo de que o atleta adotaria uma postura tão arredia. Depois de sorrir com uma brincadeira sobre a cor do uniforme de treino do clube (verde, como a esperança dos alvirrubros por dias melhores), Flávio foi questionado sobre o sonho de defender a Seleção Brasileira. Subitamente, ele mudou o semblante e cravou: “É o sonho de todo atleta brasileiro”.

O tom seguiu nas demais perguntas, como quando lhe foi solicitada uma análise sobre a eventual mudança no esquema para o jogo com o Atlético-GO. “Mudança é normal. Opção do treinador. Vamos ter que jogar do jeito que ele quiser”, resumiu. Em seguida, falou sobre o adversário do sábado. “Não cheguei a ver jogar.”

Inevitavelmente, questionou-se sobre a interferência dos atrasos salariais no rendimento do time. “A gente tem que se preocupar em jogar”, respondeu. Por fim, o zagueiro falou sobre as críticas que o sistema defensivo vem recebendo. “A gente está trabalhando para melhorar.” E foi só.

Procurado pela reportagem do Superesportes, o gerente de futebol Carlos Kila preferiu minimizar o ocorrido. “Não há muito o que possamos fazer, a não ser, conversar com ele sobre os prejuízos que esta postura pode trazer para ele”, contou.