Presidente minimiza dívida com atletas

A crise financeira do Náutico está longe de acabar. E as cobranças dos atletas que já deixaram o clube, mas ainda não receberam pelos serviços prestados também. Ex-atletas alvirrubros como Gideão, Auremir, Helder Maurílio e Martinez acionaram a justiça e esperam ter a situação junto ao Timbu regularizada em breve.

Embora os jogadores tenham se queixado sobre estar sem receber há vários meses, como é o caso do volante Auremir que tem contrato com o Náutico até 2017 e está com o salário atrasado há oito meses, o presidente alvirrubro Glauber Vasconcelos minimiza a dívida com os atletas. “Eu não entendo o caso dele, que é jogador da casa e não acordou em reduzir o salário, mas quer liberação para jogar em outros clubes que vão pagar menos.”

O volante, que é prata da casa, conseguiu uma liminar na justiça para poder atuar por outros clubes, mas, segundo o presidente do Timbu, o Náutico vai tentar caçar esta liminar. “Nós já pagamos salário e FGTS, não vamos pagar o valor referente à imagem do jogador. Nós vamos tentar caçar esta liminar porque está tudo pago e não tem razão para perdermos o passe do jogador”, adiantou Vasconcelos.

Em matéria veiculada na edição desta terça-feira do Jornal do Commercio, Gideão, Helder Maurílio, Martinez e Auremir (por meio do seu advogado) soltaram o verbo a respeito do atraso do pagamento de salário que vem desde a antiga gestão. O goleiro Gideão, que hoje atua no Moreirense, em Portugal, contou que deveria ter recebido seus três meses de salário atrasados antes da Copa do Mundo, o que não aconteceu. O presidente do clube alvirrubro conta outra história sobre a negociação com o goleiro. “Ele fez um acordo com o clube e foi liberado para jogar em Portugal. Ele está emprestado, mas nós já pagamos tudo que tínhamos que pagar a ele, está tudo certo”, disse.

Sobre a situação dos outros jogadores com os quais o clube ainda está em dívida, o presidente do Náutico afirma que os atletas precisam se adequar a realidade da entidade. “O Náutico não tem condições de pagar valor de Série A estando na Série B. Se os jogadores entraram na justiça é porque não quiseram acordo, então não vamos mais tratar com eles, vamos deixar a justiça resolver”, concluiu.