Com isso, reforça a discussão sobre qual competição será iniciada primeiro, se o Estadual ou o Regional. Levando em consideração a projeção de reiniciar os jogos a partir do primeiro fim de semana de julho (dia 5) e a projeção de início das Séries A e B em agosto, seguindo o intervalo mínimo de 72h entre os jogos, restariam exatamente as dez janelas. Mas ainda há outras indefinições.
À reportagem do Diario, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho afirma que o prazo estipulado pela CBF não representa uma definição concreta, o que pode dar mais tempo para concluir as competições necessárias. "Não fechou absolutamente nada. Foi uma discussão teórica sobre o que os clubes achavam dessa data. Todos eles ainda vão ver o que cada estado vai definir. Foi só a ideia, colher a opinião dos clubes e sugestões. Mas não houve nada definido", garantiu, antes de apontar o próximo dia 5 de julho como foco para a volta do Campeonato Pernambucano.
"Os clubes estão resolvendo. E têm até o final do mês para definir. Têm tempo. Mas a projeção nossa, a ideia era exatamente essa, terminar o Estadual até o fim de agosto, para liberar os clubes e a CBF para fechar as datas. Por isso que a gente deve começar e terminar em julho. Mas os clubes é que vão deliberar a melhor data. Para nós, no Estadual, todo mundo quer em julho", reforça.
Evandro Carvalho afirma ainda que o Regional está mais distante de um acordo para a volta aos jogos, mas ainda assim garante que haverá tempo suficiente caso ele retorne apenas após a conclusão dos estaduais.
"A Copa do Nordeste ainda não tem data, se os clubes querem fazer em agosto ou novembro, ainda não se sabe. Não há ainda uma definição. Na minha opinião, o melhor período para iniciar é em agosto. São cinco jogos. É só fazer um jogo cada dia. Se fizer na Arena (de Pernambuco), com uma semana acaba. E o Estadual termina antes do fim do mês, então dá tempo de começar a Copa ainda em julho", calcula o presidente da FPF.
Entraves a contornar
Porém há ainda outros entraves a contornar para a volta do Campeonato Pernambucano. Com a interiorização da pandemia de Covid-19, as cidades de Caruaru e Bezerros foram as primeiras do interior do estado a ter "lockdown" decretado pelo governo. Há ainda a sequência para jogos do quadrangular do rebaixamento e as partidas que podem acontecer em outras cidades, a depender da definição da última rodada. Cenários que Evandro enxerga como contornáveis, inclusive com a possibilidade de sede única para os jogos restantes, como já foi definido para a Copa do Nordeste.
"Isso tudo está sendo discutido entre a Federação e o estado. Estamos debatendo todos os dias, vendo dados e os cenários possíveis. Tivemos problema agora em Caruaru e tudo isso está sendo analisado. Mas na verdade, só tem uma rodada com jogo no interior, depois cai o número de clubes, porque classifica todo mundo. O importante é definir quem vai disputar o título. Os outros clubes, presume-se que sejam do interior, com torcida menor, mas tem que esperar a próxima rodada para definir o que vai fazer", disse, antes de admitir a possibilidade de definir o rebaixamento apenas no fim do ano.
"O quadrangular pode atrasar e ser feito depois, não tem muita preocupação. Isso vai ocorrer em vários estados, inclusive. Mas quem decide são os clubes. A Federação não tem nenhum problema." E refuta a possibilidade de não haver descenso. "Não existe. Tem lei, tem que cumprir o regulamento. Não pode rasgar o regulamento."