
Após o vencimento da maior parte dos contratos, o Afogados tem vínculo apenas com dois jogadores, o goleiro reserva Everton, emprestado pelo Sport, e o lateral direito Matheus Serra, cedido pelo Retrô. Ambos têm contrato até setembro. A expectativa do presidente do clube, João Nogueira, porém, é de que o elenco possa ser remontado quando houver definição sobre as datas de retorno das competições.
“Os contratos se encerraram e não tem como renovar. Eu não vou renovar sem ter futebol. Se renovar automaticamente, eu vou ter que pagar salário para jogador e eu vou pagar sem ter o dinheiro? Eu não vou andar para trás, não vou prejudicar o clube. (…) Mas a maioria volta, porque se sabe que, aqui no Afogados, sempre os compromissos foram honrados. Há clubes que prometem mundos e fundos e não cumprem. A gente aqui diz: ‘o salário é esse, não é aquilo tudo, mas a gente paga’, mas agora não tem de onde sair dinheiro”.
Outro clube na mesma situação é o Decisão. O time de Bonito teve o contrato de seus jogadores se encerrando também no dia 30 e não estendeu os vínculos, ainda que tenha compromissos pendentes no Pernambucano. Ao contrário do Afogados, porém, o time também não renovou com o treinador Nílson Corrêa, cujo vínculo se estende até a próxima segunda-feira. No Afogados, Pedro Manta já acertou sua renovação até o final da Série D.
Segundo Paulo Roberto, presidente do Vitória das Tabocas e representante do grupo dos clubes do interior do estado, o chamado G7 do Interior, o cenário se replica em todas as sete equipes: Central, Petrolina, Salgueiro e Retrô, além, claro, de Afogados, Decisão e Vitória. Ele também afirmou que a FPF ajudou os clubes no que podia, mas isso ainda não supre a totalidade das suas necessidades.
“A situação é praticamente a mesma em todos os clubes. Quem tem contrato longo, permanece contratado, até porque não tem como tirar. Os que ia só até o final do campeonato, esses tiveram seus contratos expirados normalmente. Mas é uma coisa geral, todos os clubes”.