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CORONAVÍRUS

Atletas rejeitam 2ª proposta de redução de salários e irão negociar diretamente com clubes

Jogadores de Pernambuco não concordaram com redução de 25% dos salários e antecipação de férias e querem negociar diretamente com seus clubes

postado em 25/03/2020 16:14

(Foto: Ricardo Fernandes/DP)
Pela segunda vez, a proposta em conjunto dos clubes para tentar diminuir os prejuízos financeiros causados pela paralisação dos campeonato em virtude da pandemia do coronavírus foi rejeitada pelos atletas. Em entrevista ao Diario de Pernambuco, o presidente do sindicato dos jogadores de Pernambuco, Ramon Ramos, afirmou que a ideia de antecipação das férias para os dia 1 e 20 de abril, além da redução de 25% dos salários, não foi aceita pela categoria. Segundo Ramon, os jogadores abriram mão de uma negociação coletiva e optaram por conversas diretas com seus respectivos clubes.

Vale lembrar que antes, os clubes haviam sugerido, a redução em 50% dos vencimentos caso os campeonatos continuassem suspensos após o período das férias antecipadas. E até mesmo em suspensão dos contratos caso a situação de paralisação se prolongasse por mais alguns meses.

“Essa segunda proposta também não foi aceita. E os jogadores preferem esperar que os clubes chamem para poder dizer o que vão fazer. Essa decisão já foi comunicada à Fenapaf (Federação Nacional de Atletas Profissionais)”, explicou Ramon Ramos. “Os jogadores do Sport querem negociar com a diretoria do Sport, os do Santa Cruz com a diretoria do Santa Cruz e os do Náutico, com a diretoria do Náutico”, exemplificou.

“O sindicato vai estar sempre ao lado do jogador. Explicamos a situação e ficamos aguardando a posição deles. E achamos que eles estão certos, porque não podem perder, apesar de entendermos que esse é um momento inesperado, que jamais imaginaríamos que iria acontecer”, pontuou o presidente do sindicato.

No entanto, apesar das decisão dos jogadores dos clubes de Pernambuco de negociarem diretamente com as respectivas diretorias, a tendência é que haja uma uniformidade nas propostas. Segundo o jornalista Paulo Vinícius Coelho, em sua coluna no Globoesporte.com, a tendência é que os clubes procurem uma unidade nas propostas.

Assim, se um clube conceder férias a partir de 1º de abril, todos da mesma divisão devem fazer o mesmo. Se um definir unilateralmente descontar 25% do salário, como permite a legislação, todos terão de tomar a mesma decisão.