A possibilidade de extinção das ditas torcidas organizadas no futebol pernambucano, ganha mais dois apoiadores. Questionados sobre as posições dos clubes sobre a ideia, os presidentes de Náutico e Sport, Edno Melo e Milton Bivar, endossaram apoio, reforçando a ideia de combate à violência. A reportagem não conseguiu contato com a presidência do Santa Cruz.
Antes deles, o presidente da Federação Pernambucana também havia declarado apoio. O estudo pela extinção das facções organizadas foi definido pelo Ministério Público de Pernambuco, após reunião entre o órgão e a Secretaria de Defesa Social.
Crítico, o mandatário alvirrubro, Edno Melo, alegou que as facções organizadas fazem o uso da marca do clube para praticar ações de violência e gerar confusões.
“Eu sou totalmente a favor. Na verdade eles não são nem torcida, são pessoas que usam de uma camisa de um clube para fazer arruaça, fazer baderna. Para mim, torcida organizada é o pai que leva os filhos e a esposa, é o grupo de amigos que vai se confraternizar, isso sim é torcida organizada. Vamos dar todo apoio, em tudo que for necessário, para que isso, de fato, aconteça, no que tiver ao alcance do Náutico”.
Menos direto, o presidente do Sport, Milton Bivar, demonstrou apoio à questão, mas focou na importância da ação do Judiciário para a solução ampla dos atos de violência.
“O Sport concorda plenamente com isso aí. É aquilo que a gente vem sempre falando, é problema de ordem judicial e não é simplesmente a entidade ou o Sport, Náutico ou Santa Cruz sozinhos que vão resolver isso. Isso passa justamente por Ministério Público, passa pela Polícia, pela Federação Pernambucana, pelos clubes. Pelo Judiciário, porque não adianta prender e soltar. Estamos apoiando, vamos lá”.