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Também presente na reunião, o procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Francisco Dirceu Barros, reforçou a necessidade de ações mais enérgicas por parte dos órgãos de justiça. “Há um consenso de que as torcidas organizadas, em Pernambuco, são uma tragédia pré-anunciada. Resta-nos responder uma pergunta: nós vamos tomar providências quando houver uma tragédia ou podemos agir por prevenção? O problema é complexo e a solução envolve atitudes de várias instituições, neste sentido, afirmo que o Ministério Público de Pernambuco tomará todas providências legais cabíveis”.
O procurador ainda foi além e garantiu ações conjuntas com a SDS para garantir a segurança do torcedor. “Estamos aperfeiçoando o debate em conjunto com a SDS para que seja possível chegarmos a uma conclusão de um problema complexo e que tem preocupado toda a sociedade”.
Na visão do secretário da SDS, Antônio de Pádua, a parceria entre a pasta e o MPPE poderá garantir mais efetividade no combate à violência e reforçou esse ponto como uma missão de diversas frentes.
“O próprio Estatuto do Torcedor, por exemplo, determina que a prevenção da violência nos esportes compete não apenas ao poder público, mas também a confederações, federações, ligas, clubes, associações ou entidades esportivas, entidades recreativas e associações de torcedores, inclusive de seus respectivos dirigentes, bem como daqueles que, de qualquer forma, promovem, organizam, coordenam ou participam dos eventos esportivos”.
Sendo específico sobre a possibilidade de extinguir as facções organizadas, o promotor de justiça José Bispo de Melo, especializado em justiça do torcedor, foi direto. “O MPPE fará um estudo dentro do Estatuto do Torcedor, em conformidade com o que seja possível dentro da Lei, para que, no maior prazo possível, seja possível extinguir as torcidas organizadas, notadamente as maiores delas”.