Uma solenidade na Câmara Municipal do Recife, realizada nesta segunda-feira, dedicou o título de cidadão recifense a Givanildo Oliveira. A ideia surgiu do presidente e vereador da Câmara Municipal do Recife, Eduardo Marques (PSB) e do também vereador, Davi Muniz (PATRI). Entre amigos e familiares, os marcos que ele deixou na história do futebol foram relembrados. O presidente do Santa Cruz, Constantino Júnior, o presidente do Sindicato dos Atletas de Pernambuco, Ramon da Silva e o ex-presidente do Sport, Wanderson Lacerda, registraram presença no momento.
“Hoje, merecidamente, ganhou o Título de Cidadão do Recife pelos relevantes serviços prestados ao futebol. Vi, na tribuna, um homem simples, sincero, que falou com o coração e gratidão. Givanildo Oliveira, você deu muitas alegrias a todos nós, recifenses e pernambucanos. Meus parabéns!”, ressaltou o presidente Eduardo.
Natural da cidade de Olinda, Givanildo Oliveira iniciou sua carreira de atleta no time do Santa Cruz, onde integrou o elenco pentacampeão de Pernambuco (1969 a 1973) e marcou também o bicampeonato coral (1978 a 1979). Pelo Náutico, a passagem de Givanildo aconteceu por cinco vezes no comando: 1985, 1996, 2002, 2003 e a mais recente, em 2016. No comando rubro-negro, esteve em oito vezes, a mais recente em 2010. No Tricolor, foram 9 passagens como treinador, finalizadas com a de 2017.
“É uma emoção enorme, apesar de dar entrevista todos os dias. Mas aqui é diferente. Já tive muitas homenagens, mas essa significa muito”, ressaltou o homenageado.
O olindense também fez história com a bola aos pés fora do Nordeste. Jogando no elenco do Corinthians-SP, ele ganhou o Paulista de 1977, e pelo Fluminense-RJ, levantou a taça de campeão em 1980. Ainda em 80, retornou a Pernambuco e se firmou no Sport, conquistando a marca do estadual por três vezes (1980, 1981 e 1982).
Na carreira de jogador, Givanildo também já sentiu a responsabilidade de defender a Seleção Brasileira, quando entrou em campo por 13 jogos. Com passagens pelos três principais clubes da capital pernambucana, ele declarou torcida a todos, revelando o desejo de vê-los no melhor patamar da tabela geral. “Eu torço agora para os três times: Santa Cruz, Náutico e Sport, e gostaria que todos fossem para a série A.”
Sem chuteiras, e na condição de treinador, Givanildo ganhou um apelido que o acompanha até os dias de hoje: “Rei do Acesso”. Uma forma de “agradecimento” por ter subido quatro equipes à primeira divisão do Brasileiro. Paysandu-PA, América-MG e os pernambucanos Santa Cruz, em 2005, e Sport, no ano seguinte. Atualmente com 71 anos, o mais novo recifense está fora do comando de um clube. Fato que, para ele, é um verdadeiro incômodo, como já revelou anteriormentes em entrevistas.