Paysandu-PA, Juventude-RS, Sampaio Corrêa-MA e Boa Esporte-MG foram os rebaixados da Série B. Oriundos de um acesso na Quarta Divisão, chegam à Série C Ferroviário-CE, Treze-PB, Imperatriz-MA e São José-RS. Com isso, a quantidade de clubes por região fica a seguinte: dez do Nordeste, três do Norte, três do Sudeste, um do Centro-Oeste e três do Sul.
Como não há regra oficial, nem uma base comparativa, todas as possibilidades levantadas até aqui são apenas conjecturas de jornalistas, dirigentes e torcedores. Uma delas, inclusive, aponta para uma mudança geral no formato atual de disputa da competição, adotada desde 2012. Nesse caso, mais improvável até aqui, aconteceria uma derrubada da divisão geográfica e adotaria-se o sistema de pontos corridos, assim como ocorre nas Séries A e B.
Discurso afinado
O caminho mais provável e apontado como “natural” pelo presidente do Santa Cruz, Constantino Júnior, é que os dez clubes da região Nordeste formem o Grupo A, enquanto os outros dez, das demais regiões, o Grupo B. “A lógica fala que os times do Norte devem se juntar aos do Sul, Sudeste e Centro-Oeste até pela logística de voos, que aconteceria via Brasília ou São Paulo. Não é o ideal, a gente sabe, mas é o mais lógico”, afirmou o mandatário coral. “A priore, vamos aguardar o posicionamento da CBF, mas os clubes conversam entre si. Estamos atento, mas por enquanto vamos aguardar”, acrescentou.
A possibilidade de haver um deslocamento de Náutico ou Santa Cruz para o Grupo B, com os clubes do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil existe. Mas, assim como o dirigente tricolor, o vice-presidente do Timbu, Diógenes Braga, a rechaça. "Essa possibilidade não existe. O que irá definir essa divisão de grupo é a questão logística, não é a questão regional. Nessa situação, o próprio Atlético-AC estaria mais próximo porque Rio Branco, praticamente todo voo faz conexão em Brasília. Com isso, a logística para ele até ajudasse. Tem as situações dos times do Maranhão, de Belém e mesmo o Confiança, que por ser de Sergipe estaria mais próximo também do sudeste", exemplificou Diógenes, em sintonia com Constantino Júnior.
O risco de Santa e Náutico serem deslocados para a chave B, ao lado do Confiança-SE, estaria basicamente na proximidade geográfica e na maior quantidade (e menor duração) dos voos do Recife para o Sudeste e Sul do país. Ainda que, no caso dos clubes do Rio Grande do Sul, também seria necessária a escala em São Paulo. "Dentro desse cenário, com relação a Náutico e Santa Cruz, a possibilidade de ir para o grupo B é absolutamente improvável. Informalmente, já existe essa definição. Pernambuco por ser geograficamente no meio do Nordeste fica sem sentido a gente sair do Grupo A", completou Diógenes Braga.
O argumento Nordestão
Se, de fato, a Série C tenha uma chave genuinamente nordestina, o cenário irá permitir que um clube do Recife faça cinco dos nove jogos fora de casa com deslocamentos de ônibus. Além do clássico local, obviamente, Santa Cruz e Náutico não precisam de viagens aéreas para jogar contra Botafogo-PB, Treze-PB, ABC-RN e Globo-RN. As distâncias mais longas ficam para as partidas contra o Confiança-SE, Ferroviário-CE, Imperatriz-MA e Sampaio Corrêa-MA. Naturalmente, esta divisão é a preferida pelos dirigentes dos dois clubes do Recife.
Os 20 clubes da Série C 2019
Nordeste (10)
Pernambuco (2)
Náutico
Santa Cruz
Paraíba (2)
Botafogo
Treze
Ceará (1)
Ferroviário
Sergipe (1)
Confiança
Rio Grande do Norte (2)
Globo
ABC
Maranhão (2)
Sampaio Corrêa
Imperatriz
Norte (3)
Pará (2)
Remo
Paysandu
Acre (1)
Atlético Acreano
Sudeste (3)
Mina Gerais (2)
Tombense
Boa Esporte
Rio de Janeiro (1)
Volta Redonda
Sul
Rio Grande do Sul (3)
Ypiranga
São José
Juventude
Centro-Oeste (1)
Mato Grosso do Sul (1)
Luverdense
Cenário mais provável
Grupo A
Náutico
Santa Cruz
Botafogo
Treze
Ferroviário
Confiança
Globo
ABC
Sampaio Corrêa
Imperatriz
Grupo B
Remo
Paysandu
Atlético Acreano
Tombense
Boa Esporte
Volta Redonda
Ypiranga
São José
Juventude
Luverdense