“Infelizmente, nos últimos anos, a situação do clube desandou. Hoje, boa parte da renda está penhorada e bloqueada na justiça. Com aporte dos diretores e pequenos patrocinadores, estamos tentando acordos para liberar a receita presa. Já estancamos essa sangria”, explica gerente de futebol da Patativa, Sivaldo Oliveira, antes de apontar um prazo para zerar a dívida. “Não é um débito muito alto, mas atrapalha muito. Até os próximos três anos esperamos regularizar essa situação.”
Preparação
A curto prazo, o clube entende que não se pode abrir mão de uma boa campanha para permanecer disputando a Série D do Brasileiro e retornar à Copa do Brasil. A solução encontrada foi apostar no experiente técnico Mauro Fernandes, que ao lado de Nelsinho Batista, do Sport, são os únicos treinadores da competição com a conquista do pernambucano no currículo.
“Eu não fui apenas campeão. Fui ‘O campeão’, porque foi um título invicto. Marcou muito a minha carreira, principalmente pelo nível daquela competição. Foi a coroação de um grande trabalho”, enalteceu o treinador, campeão em 1998, que prefere traçar metas modestas em 2018. “A ideia é chegar entre os quatro melhores na primeira fase para ter a vantagem de decidir em casa. A partir daí, tentar chegar à final, mas trabalhando dentro das nossas limitações.”
Aos 64 anos, Mauro Fernandes faz parte de um grupo seleto de treinadores que comandaram as três maiores equipes do estado. Retorna a Pernambuco para a primeira passagem no interior e evita falar sobre os planos para o time na Série D, no segundo semestre. “Prefiro falar apenas do Campeonato Pernambucano. Vida de treinador é difícil, sempre depende de resultado. Não se pode fazer projeção maior que seis meses. Minha preocupação é fazer um bom trabalho no Estadual e classificar em uma boa colocação, dentro das nossas condições”, completa o treinador.
Estádio
O Luiz José de Lacerda também recebeu uma atenção da nova diretoria do clube já em 2017, chegando a sediar quatro jogos do Náutico pela Série B. Embora alguns jogadores tenham sofrido lesões nestas partidas, os médicos alvirrubros não as relacionaram diretamente com o gramado do estádio. Para 2018, além de melhorias na estrutura física, o trabalho de manutenção do gramado foi reforçado com etapas de adubagem e o uso de 60 mil litros de água para regar todos os dias.