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Sem acordo com a prefeitura, Vitória irá mandar os jogos na Arena de Pernambuco em 2018 Com teto salarial de R$ 3 mil, Pesqueira sonha com uma vaga no Brasileiro da Série D Em ano de estreia na Série D, Belo Jardim mira se firmar como força no interior do estado Investindo nas categorias de base, o América mira surpreender rivais do Recife no estadual
A reportagem do Superesportes ouviu a opinião de representantes de todos os clubes intermediários, que comemoram os primeiros passos conjuntos e miram conquistas ainda maiores a longo prazo.
“Foi uma decisão para buscar o melhor do futebol do interior. Antes, os grandes já entravam sem chance de cair e com regalias, e juntos nós conseguimos uma fórmula mais justa. Também já estamos negociando patrocínios e cotas melhores. Tivemos pouco tempo neste ano, mas teremos boas novidades a partir de 2019 (quando encerra o contrato com a TV)”, explica o presidente do Vitória, Paulo Roberto, idealizador do grupo e crítico da distribuição de renda no campeonato. “De que adianta Náutico, Santa Cruz e Sport criticarem a distribuição de cotas a nível nacional e reproduzir o mesmo abismo a nível regional? Isso é hipocrisia.”
“Antes, os pequenos dificilmente se uniam. Hoje, nós vimos que é mais interessante trabalhar juntos para melhorar a situação dos clubes do interior”, corrobora o presidente do Salgueiro, José Guilherme, que critica a rivalidade exagerada. “Em dezembro, Recife era a cidade mais feliz de todas, mas todos pela tristeza dos rivais. Gostaria muito de ver os três grandes daqui na elite do Brasileiro, ter Salgueiro e Central na Série B e os demais disputando competições nacionais também. Seria perfeito para o nosso futebol crescer.”
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Vice-presidente de futebol do América, Tercio Trindade também comenta a mudança. “Nos últimos anos, todo mundo reclamava da fórmula do Pernambucano. Mas quando chegava no (Conselho) Arbitral, todos baixavam a cabeça e aceitavam. Antes, nos modelos antigos, nós jogávamos uma segunda divisão fantasiada de primeira.”
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Segundo o dirigente, o aporte financeiro dos clubes intermediários é aquém do ideal. “Fazer futebol é muito difícil, é praticamente inviável, ainda mais quando o clube não tem um produto grande para oferecer ao patrocinador. Só de inscrição do elenco de jogadores, você não gasta menos de R$ 30 mil, além do dinheiro para reformar os estádios. Você já começa a temporada com um gasto muito grande, praticamente quebrado”, afirma Tercio, e ainda critica a postura dos principais clubes da capital. “Se a gente depender de Náutico, Santa Cruz e Sport... eles sempre vão querer mais para eles.”