"Anteriormente, eram realizados o Campeonato Brasileiro Feminino (divisão única) e a Copa do Brasil Feminina. Este ano, a CBF refez o planejamento e, para ampliar a abordagem, foi criado o Campeonato Brasileiro A-2. Agora, as duas competições são o Brasileiro Feminino A1 e o A2", confirmou a CBF, por meio da assessoria de imprensa. A reportagem tentou entrar em contato com o diretor de competições da entidade, Manoel Flores, inúmeras vezes ao longo de uma semana, mas não obteve retorno. A assessoria, por sua vez, quando solicitada, também não forneceu auxílio para o contato.
O plano de incentivo que parecia mirar em frente, parou e andou para trás, quando a entidade sequer disponibiliza um calendário completo para as equipes disputarem. Neste ano, por exemplo, em seis meses, Sport e Vitória fizeram 16 jogos cada, contabilizando Estadual e Brasileiro. O Náutico, caso não avance à próxima fase da Série A2, terá 11 partidas na temporada - dois a menos do que jogou durante todo o ano passado. Podendo, os três clubes, acrescentarem dois jogos na conta caso se classifiquem para a final do Pernambucano.
“Fico brigando para a gente ter um planejamento anual, mas passa o ano inteiro treinando para ter uma competição de abril a junho. É muito pouco. Para fortalecer a modalidade e as meninas terem um nível de jogo melhor, tem que jogar mais, mas com calendário de quatro a cinco meses é complicado ter essa perspectiva”, queixou-se o treinador do Náutico, Jeronson França. Com base no regulamento do ano passado, inclusive, o Náutico estaria em disputa da Copa do Brasil 2017 ao lado do Vitória, com as vagas encaminhadas por meio do Estadual de 2016.
Copa Pernambuco e Nordestão
A FPF, por sua vez, buscando alternativas, deu início aos trabalhos de planejamento. “Nós temos interesse em fazer uma Copa Pernambuco. Aconteceria no segundo semestre para que as equipes não fiquem paradas. O nosso maior problema é conseguir um patrocinador para fazer, mas já temos uns dois em conversa”, revelou o diretor de futebol feminino da federação, Elias Coelho, ao Superesportes.Além disso, uma possibilidade que também vinha sendo levantada, talvez a mais palpável delas, era a de promover uma Copa do Nordeste feminina. A proposta, no entanto, ainda estaria sendo discutida entre os clubes. O plano, por sua vez, ainda é visto como algo distante pelo diretor. “É muito prematuro falar porque a ideia é fazer nos mesmos moldes da Copa do Nordeste masculina. Mas para isso a gente precisa ter no mínimo um patrocínio, um incentivo da Esporte Interativo que é quem comanda a competição, para que a gente faça isso”, avaliou.