"Inicialmente a informação foi de que pagaríamos R$ 100 por cada inscrição. Depois teríamos também que regularizar as atletas no BID, o que paga uma taxa também. A outra questão foi que a Federação adiou o início do campeonato por dois meses por conta de incompatibilidade com outros calendários. Esse adiamento fez com que tivéssemos que fixar as meninas por dois meses sem competição em curso. O clube passa por uma crise, estamos com dificuldades. Seguramos por quase dois meses, mas seguir foi inviável. Temos interesse em ter uma estrutura, mas com o espaço que nós temos no Central atualmente não dá", explicou o presidente do clube, Lícius Cavalcanti, em entrevista ao Superesportes.
Com a equipe desativada, as atletas, que chegaram à Caruaru sem acertos salariais, serão liberadas. A treinadora, Macarena Deichler, que deixou o comando do Vitória de Santo Antão para assumir o Central, pode integrar a base do clube.
"Organizamos alimentação, cuidados necessários (às jogadoras). Ficamos de quando começar o campeonato dar uma ajuda de custo às atletas. Infelizmente, pela elasticidade do prazo, nos deixou em uma situação inviabilidade. Vamos liberar as meninas. A treinadora deverá ser usada na equipe de base. O convite ainda não foi feito oficialmente. Ela é formada em uma faculdade de futebol no Chile e isso é algo que nós não podemos perder", justificou.
Para a técnica Macarena, no entanto, definir como sua trajetória se encaminhará, no momento, ainda é cedo. A espera pelo convite para a permanência no clube, lamentou o ocorrido.
"É tudo muito recente. Tudo isso aconteceu ontem (terça-feira). Gosto muito de trabalhar com futebol, então vou ver o que é melhor para mim, seja aqui ou em outro lugar. Eu gostaria de continuar com o futebol feminino, mas o convite ainda não foi feito então não posso tomar uma decisão. E foi uma experiência boa. Fiquei triste que isso tenha acontecido, porque é muito ruim para o futebol feminino. Mas as jogadoras estão tranquilas. Vamos ajudá-las a integrar outras equipes, com certeza. Não iremos deixar elas na mão", relatou.
Vaga em aberto
Com a saída solicitada pelo Central, de acordo com o Diretor de Futebol Feminino da FPF, Elias Coelho, o Sete de Setembro, de Garanhuns, se interessou pela vaga deixada em aberto. Um ofício já foi enviado à federação solicitando a participação. Para confirmá-la, no entanto, o clube passará por um processo de análise. Isso porque, segundo determinação da FPF junto à CBF, somente equipes profissionais poderão disputar o Estadual."Hoje só estamos com sete equipes na competição. Vamos analisar o Sete de Setembro, que se manifestou através de um ofício que já está na Federação. Vamos analisar a situação uma vez que existe uma determinação da Federação de que só equipes profissionais e estando regularizadas perante a FPF e a CBF poderão disputar a competição. Conforme seja, o Sete substitui o Central. Caso haja uma impedimento, o torneio acontecerá com sete equipes. Talvez hoje (quarta-feira) ainda conversemos com nossos diretores para definir", revelou Elias Coelho.
De acordo com o diretor, além do Sete de Setembro, nenhuma outra equipe se manifestou oficialmente com interesse na vaga em aberto. A reportagem procurou também pela diretoria do Sete de Setembro, mas não obteve retorno.