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Suely Guimarães lamenta falta de investimento no estado |
Ouro nas paralimpíadas de Barcelona (1992), bronze em Atlanta (1996). Quinze medalhas de ouro em parapanamericanos e mais uma incontável quantidade de títulos mundias, nacionais e recordes quebrados. Suely Guimarães é o maior nome do paratletismo pernambucano, um dos maiores do Brasil. É referência para milhares de deficientes que desejam ingressar no paradesporto no Brasil. Talvez, por isso, é fiel a eles. Espécie de “porta-voz” dos atletas do país, Suely cobra mais empenho dos governantes. Lamenta o momento do estado e diz que Pernambuco não conseguirá trazer medalhas no Rio 2016: “Vamos aplaudir os outros.”
Ainda em atividade aos 56 anos, Suely projeta a despedida nas Olimpíadas do Brasil, no lançamento de disco. Consciente, sabe que já conquistou tudo o que uma paratleta poderia conquistar. Agora briga pelos jovens talentos que surgem. “Pernambuco não tem uma boa estrutura, mas está melhorando. Ainda falta muito para chegar ao nível dos grandes centros. Éramos um celeiro que está desmoronando. Não acredito em medalhas provenientes do nosso estado em 2016”, disse.
Para Suely, China e Londres foram exemplos de planejamento que o Brasil não soube seguir. “Quando esses países souberam que sediariam os Jogos, fizeram planejamento, investiram com agilidade. Nós ainda estamos aprendendo”, lamentou. “Aqui mesmo, em Pernambuco, estou há meses sem receber o Bolsa Atleta. Não competi recentemente em Porto Alegre por falta de apoio. Não somos nem respeitados. Pernambuco poderia mais, é triste isso.”
O acidente
No dia de seu aniversário de 7 anos, Suely Guimarães brincava com uma colega na calçada de casa quando foram atingidas por um carro. Tinha fugido de casa para se encontrar com a amiga, Vaninha, que morreu a caminho do hospital. Suely teve as duas pernas amputadas. O motorista, que estava embriagado, nunca foi punido.
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