Entre o não e o sim estará os Aflitos. Em meio à desconfiança da torcida e à péssima fase que o time passa, o torcedor do Náutico deverá deixar o coração falar mais alto. A nostalgia que já corroi os alvirrubros certamente fará o lado bom ser maior do que o ruim. É essa a esperança que levará todos os caminhos da torcida timbu à sua casa maior para dizer “adeus”, “obrigado”. E dar o último abraço na histórica e eterna morada no ritmo mais natural: com vitória. Diante da Portuguesa, às 18h30 deste domingo, o maior protagonista será o estádio. Será por ele, pela despedida honrosa que atletas e torcida, em descompasso, voltarão a dar as mãos por um só objetivo.

União que, a depender do resultado, irá durar até somente o apito final. O Náutico é o lanterna da Série A. Sofreu cinco gols em dois jogos. Ainda não balançou as redes na competição – logo, não venceu. Pior: só perdeu. Derrotas que expuseram a fragilidade do elenco alvirrubro. Fato, porém, que não diminuíram em nada a pressão sobre o técnico Silas. Mesmo sem muitas opções em mãos, o treinador tem recebido severas críticas da torcida sobretudo pela forma que vem armando o time e pelas substituições.

Pressionado, Silas revelou que fará quatro mudanças. Destaque para a estreia do zagueiro William Alves, regularizado, na vaga de Luís Eduardo. Na cabeça de área, Auremir entrará na vaga de Elicarlos, vetado para a partida. Outro que dificilmente entrará em casa é o atacante Elton, também machucado. Na vaga dele, Silas promoveu a entrada de Jones Carioca e posicionou Caion como sendo o homem de referência no ataque.

Por fim, uma mudança mais tática. O experiente volante Rodrigo Souto deverá perder a posição para o jovem meio-campista Marcos Vinícius. Dessa forma, o Náutico voltará a ter um meia de criação no time, fato que não aconteceu nas derrotas para o Grêmio e Vitória nesta Série A.